segunda-feira, 30 de março de 2020

Desabafo

"Na fila do supermercado o caixa diz a uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: 
- Não havia essa onda verde no meu tempo.
O empregado respondeu:
- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. 

Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente. 

'Você está certo', responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes. 

Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. 

Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potencia a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões. 

Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. 

Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. 

Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas. Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. 

Naquela época tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como? 

Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usávamos jornal amassado para protegê-lo, não plástico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. 

Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. 

O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade. Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. 

Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas "pet" que agora lotam os oceanos. 

Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte. Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. 

Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. 

E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima. 

Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?


                                                                          (Desconheço a autoria)

O segredo da Felicidade



Certo mercador enviou seu filho para aprender o Segredo da Felicidade com o mais sábio de todos os homens. O rapaz andou durante muitos dias pelo deserto, até chegar a um belo castelo, no alto de uma montanha. Lá vivia o Sábio que o rapaz buscava. 

Ao invés de encontrar um homem santo, porém, o nosso rapaz entrou numa sala e viu uma intensa atividade; mercadores entravam e saíam, pessoas conversavam pelos cantos, uma pequena orquestra tocava melodias, e havia uma farta mesa com os mais deliciosos quitutes daquela região do mundo. 

O Sábio conversava com todos, e o rapaz teve que esperar por várias horas até chegar sua vez de ser atendido. 

O Sábio ouviu atentamente o motivo da visita do rapaz, mas disse-lhe que naquele momento não tinha tempo para explicar-lhe o Segredo da Felicidade. Sugeriu que o rapaz desse um passeio por seu palácio, e voltasse dali a duas horas. 

-Entretanto, quero lhe pedir um favor - completou o Sábio, entregando ao rapaz uma colher de chá, onde pingou duas gotas de óleo. Enquanto você estiver caminhando, carregue esta colher sem deixar que o óleo seja derramado. 

O rapaz começou a subir e descer as escadarias do palácio, mantendo sempre seus olhos fixos na colher. Ao final de duas horas, retornou à presença do Sábio. 

-Então - perguntou-lhe o Sábio - Você viu as tapeçarias da Pérsia que estão na minha sala de jantar? Viu o jardim que o mestre dos jardineiros demorou dez anos para criar? Reparou nos belos pergaminhos de minha biblioteca? 

O rapaz, envergonhado, confessou que não havia visto nada. Sua única preocupação era de não derramar as gotas de óleo que o Sábio lhe havia confiado. 

- Pois então volte e conheça as maravilhas do meu mundo - disse o Sábio - Você não pode confiar num homem se não conhece sua casa. 

Já mais tranqüilo, o rapaz pegou a colher e voltou a passear pelo palácio, desta vez reparando em todas as obras de arte que pendiam do teto e das paredes. Viu os jardins, as montanhas ao redor, a delicadeza das flores, o requinte com que cada obra de arte estava colocada em seu lugar. 

De volta à presença do Sábio, relatou pormenorizadamente tudo o que havia visto. 

-Mas onde estão as duas gotas de óleo que lhe confiei? - perguntou o Sábio. 
Olhando para a colher, o rapaz percebeu que as havia derramado. 

-Pois este é o único conselho que tenho para lhe dar - disse o mais Sábio dos homens. 

- O segredo da felicidade está em olhar todas as maravilhas do mundo, é aproveitar todas as coisas do mundo, mas jamais esquecer de seus objetivos.



( Fonte: Internet)