segunda-feira, 24 de abril de 2017

Viver longe dos irmãos

                                                                                                                       POR RUTH MANUS *

Viver longe dos irmãos é viver longe de nós mesmos.
Houve um tempo em que morar na mesma casa é que era o problema. Começamos com as disputas pelos brinquedos, depois pelo controle remoto, evoluindo para a trilha sonora no carro e o tempo de ocupação do banheiro. Tudo era razão para eclodir um embrião de guerra civil.
Todos nós já desejamos, do alto da nossa imaturidade convicta, que eles desaparecessem daquela casa. Que eles não acabassem com as bolachas recheadas, não comessem o último pedaço da lasanha, nem sumissem com as nossas meias preferidas. Já gritamos enfurecidos, dizendo que preferíamos dividir quarto com um animal qualquer do que com eles.
 E então os anos passaram e finalmente saímos de casa. Nós ou eles, ou nós e eles. Carreira, estudos, casamento ou qualquer outra razão fez com que aquele velho ninho da discórdia passasse a fazer parte apenas da memória e não mais de um dia a dia conturbado.
 Pareceu-nos, muitas vezes, na ignorância da infância ou na estupidez da adolescência, que a felicidade seria muito mais viável sem a presença diuturna daquelas criaturas que insistiam em invadir nosso espaço, apesar de todas as ameaças que julgávamos lhes fazer.
Mas essa ideia, como tantas outras que imaginávamos sobre a vida adulta, era uma cilada.
 Hoje descobrimos que é extremamente dolorido ter que aproveitar a presença deles em eventos com hora marcada para terminar. Almoços, jantares, visitas. Que coisa sem cabimento. Eles têm hora para ir embora? Eu tenho hora para ir embora? Não, espera aí. Irmãos não foram feitos para ir embora. Foram feitos para ficar aqui, para podermos brigar sem pressa, ofender sem querer e amar sem prazo.
 Agora nos flagramos adultos, acelerando as conversas quando nos vemos, tentando aproveitar-nos ao máximo, lutando contra o relógio. Nos vemos tapando buracos com mensagens de whatsapp e linkando seus nomes em publicações de redes sociais que só eles entenderão. E às vezes, como quem sente uma pontada no peito, nos damos conta de que isso é tão, tão pouco.
As distâncias variam. Alguns moram a 50 metros, outros a 50km. Outros mais sofridos vivem a 500km ou 5.000km. Em sua medida, todos sabem como doer. Os beliscões de antigamente foram substituídos por abraços sedentos. E nós descobrimos que os abraços raros doem muito mais do que os beliscões raivosos.
É bom saber que todos tomamos algum rumo, ainda que torto. É bom ver que a vida de cada um de nós caminhou. Mas é quase insuportável a ideia de tornar-se um espectador na vida de um irmão. Logo nós! Logo nós que sempre fomos os protagonistas de todos os espetáculos e shows de horrores das vidas deles… Logo nós.
Irmãos nunca deveriam ficar longe uns dos outros. Juntos sempre foi melhor. Brigando, criticando, estapeando. O problema é que a vida adulta não nos faculta o luxo do perdão automático, nem da memória curta. Talvez por isso o tempo nos obrigue a aceitar alguma distância. Talvez, depois de abandonar a infância, a distância seja exatamente o que nos mantenha mais unidos.
Não sei. Sei que, de um modo ou de outro, machuca. Ir embora sem conversar tanto quanto queria, pedir socorro às tecnologias para sentir-se menos distante, não ter nem tempo para brigar e beliscar como sempre foi. Mas é uma daquelas dorzinhas de sorte. Da qual só usufrui quem teve a sorte de ter um irmão presente, que já foi odiável e irritante, mas que hoje é uma saudade diária e a certeza de que para estar junto não é preciso estar perto.

Ruth Manus é Advogada e professora universitária

terça-feira, 18 de abril de 2017

A roupa faz diferença?


Sem maiores preocupações com o vestir, o médico conversava descontraído com o enfermeiro e o motorista da ambulância, quando uma senhora elegante chega e de forma ríspida, pergunta:    
- Vocês sabem onde está o médico do hospital?           
Com tranquilidade o médico respondeu:          
- Boa tarde, senhora! Em que posso ser útil?  

E ela, ríspida, retorquiu:   
- Será que o senhor é surdo? Não ouviu que estou procurando pelo médico?       

Mantendo-se calmo, ele contestou:      
- Boa tarde, senhora! O médico sou eu, em que posso ajudá-la?!    
- Como?! O senhor?! Com essa roupa?!...       
- Ah, Senhora! Desculpe-me! Pensei que a senhora estivesse procurando um médico e não uma vestimenta...  
- Oh! Desculpe doutor! Boa tarde! É que... Vestido assim, o senhor nem parece um médico...  
- Veja bem as coisas como são... - disse o médico -, . as vestes parece não dizer muitas coisas, pois quando a vi chegando, tão bem vestida, tão elegante, pensei que a senhora fosse sorrir educadamente para todos e depois daria um simpaticíssimo "boa tarde!"; como se vê, as roupas nem sempre dizem muito...

Um dos mais belos trajes da alma é a educação; sabemos que a roupa faz a diferença, mas o que não podemos negar é que: falta de educação, arrogância, falta de humildade, pessoas que se julgam donas do mundo e da verdade, grosseria e outras "qualidades" derrubam qualquer vestimenta. Basta às vezes, apenas 5 minutos de conversa para que o ouro da vestimenta se transforme em barro. Educação é tudo! Sorria Sempre... A vida é feita de: agir, reagir, corrigir... mas o melhor mesmo é "sorrir". Sorria sempre! A vida é bela!
                                                                          

  (Desconheço a autoria)

Paróquia e Igreja


Por Hélio Consolaro*


Há uma certa confusão entre os significados das palavras “paróquia” e “igreja”. Há gente que chama até hoje a catedral N.S.ª Aparecida de Araçatuba de “Igreja Matriz”.

Igreja é o templo, em sentido genérico. Matriz é a igreja sede da paróquia, onde reside e celebra o pároco. Capela é uma pequena igreja, com apenas um altar, geralmente subordinada a uma matriz.

Paróquia é o território e a população que está subordinada eclesiasticamente a um pároco. Erroneamente, às vezes, se usa paróquia como termo sinônimo de igreja. Também se aplica como sinônimo de freguesia. Paróquia é uma subdivisão de diocese. A igreja matriz é a sede da paróquia.

O termo paróquia é usado pela Igreja Católica Romana, a Comunhão Anglicana, a Igreja Ortodoxa Oriental, a Igreja da Suécia e de algumas outras igrejas. Não é uma exclusividade católica.

Paróquia tem o sentido figurado, mais popular. Significa grupo de pessoas com interesses comuns, a turma. Exemplo: Joaquim é o bambambã da paróquia.

Por que ainda chamam a catedral de “igreja matriz”? Catedral é a sede da diocese, onde celebra o bispo. Em Araçatuba, ela foi criada em 1994, há 16 anos, portanto, uma criação recente, falta aos católicos araçatubenses a tradição diocesana.
Apenas os mais antigos, mas bem antigos mesmo, chamam a catedral de “igreja matriz”, porque Araçatuba se constituía em épocas remotas de apenas uma paróquia, a N.S.ª Aparecida. Hoje, há uma dezena.


* Hélio Consolaro é professor de Português, jornalista, escritor, membro da Academia Araçatubense de Letras.

O que é um Chester?

                                 

O Chester® é uma marca registrada de frango (por isso esse "R" ao lado do nome). Ele é muito popular na ceia de Natal dos brasileiros, mas pouco se sabe sobre sua origem e sua vida antes de chegar até a mesa. Sabe-se apenas que se trata de uma ave especial que resulta do cruzamento com melhoramento genético  das melhores linhagens de frango existentes no mercado. Ela  se diferencia das demais por oferecer mais peito, ou seja, a parte nobre da ave. Foi lançada em 1983 pela Perdigão para disputar mercado com o Peru da Sadia.  Na época, as duas empresas eram concorrentes; hoje, ambas pertencem à BRF a qual alega não dispor de imagens desta ave em granja e/ou linha de produção". Pesquisando na internet é possível encontrar algumas imagens identificadas como “chester”, mas não é possível verificar sua veracidade.
Não são usados hormônios para crescimento do chester nem das outras aves que consumimos. Primeiramente, porque o uso é proibido por lei no Brasil desde 2004. Segundo a Perdigão, a alimentação do chester é 100% natural, baseada em milho e soja, sem "adição de qualquer tipo de medicamento, antibiótico ou hormônio anabolizante para aumentar o seu crescimento e desenvolvimento".
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Fonte: http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2016/12/21/voce-ja-viu-um-chester-vivo-empresa-esconde-bicho-e-da-margem-a-mitos.htm

Os 3 Macacos Sábios


Recifilosófico 003.048