terça-feira, 1 de setembro de 2020

Finais doem, recomeços curam!


Um dia você entende que nem tudo nasceu para “ser para sempre”. Aliás, nada nasceu para ser assim. Existem coisas que são eternas, mas eternidade nunca foi sinônimo de igual. O que é sempre igual não muda, não cresce, não melhora, não evolui. Chega um momento que algumas coisas precisam ter fim: quando um ciclo se cumpre, quando uma necessidade é atendida, quando um propósito se realizou. E isso vale para pessoas, coisas e situações.

Nesse processo muitos finais vão doer. Mais pelo nosso apego a determinada imagem da situação como está, das expectativas e sonhos sobre ela, do que pela partida em si. Perceber que a vida vai mudar (ou que está mudando) assusta. Muitas vezes machuca. Mas se ater a algo que não nos acrescenta um dia irá doer muito mais.

Às vezes algumas pessoas precisam seguir seus caminhos, novas pessoas precisam assumir seus destinos em nossas vidas, situações precisam mudar conforme nossas necessidades de aprendizado, e sempre existem aquelas coisas que precisamos admitir que não nos fazem bem. A sabedoria da natureza nos ensina que a vida tem fases, estações e que ninguém deve manter um fruto que já passou do tempo para ser consumido.

Finais doem, mas são saudáveis porque são as portas para o recomeço. Uma vida sem o novo perde todo o seu significado.

É preciso saber colocar pontos finais, deixar ir, concluir velhas histórias, chegar ao fim de antigos caminhos, pois é por detrás da curva de cada história finalizada que estão as novas experiências, as novas oportunidades as situações exatas que vão nos moldar para uma versão melhor. Se permitir ao novo é dar um presente a si mesmo, a oportunidade (e a aventura) de recomeçar e renovar o nosso emocional.

Finais podem doer, mas os recomeços... os recomeços curam!



Texto: Alexandro Gruber
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Mestre, como posso enfrentar o isolamento?

Limpa a tua casa. A fundo. Em cada canto. Mesmo os que nunca sentiste a coragem e a paciência para limpar. Torna a tua casa brilhante e bem cuidada. Remove poeira, teias de aranha, impurezas. Mesmo no lugar mais oculto. A tua casa representa-te: se cuidas dela, também te cuidas.

- Mestre, mas o tempo é longo. Depois de cuidar de mim e da minha casa, como posso viver o isolamento?

Conserta o que pode ser corrigido e remove o que não precisas mais. Dedica-te à colcha de retalhos, cose o início das calças, costura bem as bordas desgastadas dos vestidos, restaura uma peça de mobiliário, repara tudo o que vale a pena reparar. O resto, deita fora. Com gratidão. E com a consciência de que o seu ciclo terminou. Consertar e remover o que está fora de ti permite corrigir ou remover o que está por dentro.

- Mestre e depois o quê? O que posso fazer o tempo todo sozinho?

Semeia. Até uma pequena semente num vaso. Cuida de uma planta, rega-a todos os dias, fala com ela, dá um nome, remove as folhas secas e as ervas daninhas que podem sufocá-la e roubar energia vital preciosa. É uma maneira de cuidar das tuas sementes interiores, dos teus desejos, das tuas intenções, dos teus ideais.

-Mestre e se o vazio vier visitar-me? ... Se vier o medo da doença e da morte?

Fala com eles. Prepara a mesa para eles também, reserva um lugar para cada um dos teus medos. Convida-os para jantar contigo. E pergunta-lhes por que vieram de tão longe para a tua casa. Que mensagem eles te querem trazer. O que eles te querem comunicar. - Mestre, acho que não posso fazer isso ...

- A tua questão não é isolar os problemas, mas o medo de enfrentar os teus dragões internos, aqueles que sempre quiseste afastar de ti. Agora não podes fugir. Olha nos olhos deles, ouve e descobrirás que te colocaram contra a parede. Eles isolaram-te para que pudessem falar contigo. Como as sementes que só podem brotar se estiverem sozinhas.


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