quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Dentro e Fora


(  Um poema pra todas mulheres  que são  assim! )

 

"Por fora tenho tantos anos, que você nem acredita...

Por dentro, doze ou menos, e me acho mais bonita!..

Por fora, óculos, rugas, gordurinhas, prata nos tintos cabelos...

Por dentro sou dourada, imaculada, corpo de modelo!

Por fora, em aluviões, batem paixões contra o peito...

Paixões por versos, pinturas, filosofia e amigos sem despeito...

Por dentro, sei me cuidar, vivo a brincar, meio sem jeito!...

Não me derrota a tristeza, não me oprime a saudade, não me demoro padecente...

E é por viver contente, que concluo, sem demora:

É a menina que vive por dentro, que alegra a mulher de fora!"


                                                                       (Luan Jessan)

Quando pedires alguma coisa a Dezembro...


"Quando pedires alguma coisa a Dezembro, pede que te traga presentes que não se vendem em lojas: um 'gosto muito de ti', um 'obrigada por existires', um 'estou aqui para ti, sempre'.

Quando pedires alguma coisa a Dezembro, pede que te traga de presente abraços apertados, gargalhadas altas, colo de quem mais amas, mãos dadas o ano inteiro, ombros que te seguram, corações onde podes morar sem prazo de validade.

Quando pedires alguma coisa a Dezembro, pede que te traga de presente olhos que brilham por ti e para ti, palavras que te protegem e cuidam como sol em dias frios, os pequenos nadas que valem tudo na vida, o essencial que ocupa, sem pesar, o lado esquerdo do peito, e o fermento da alegria que faz a vida valer a pena.

Quando pedires alguma coisa a Dezembro, pede que te ensine a viver de peito aberto e a acreditar - sem mas - que há uma luz ao fundo do túnel para cada escuridão que tiveres de enfrentar."

                                                                        (Desconheço a Autoria)

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

SENSACIONAL ESSA COISA!

Não sei quem é o autor dessa “coisa” mas que é legal é!!!


A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades.

É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam 

palavras para exprimir uma idéia. 

"Coisas" do português.

Gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio.

Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar".

E no Nordeste há "coisar": Ô, seu "coisinha", você já "coisou" aquela 

coisa que eu mandei você "coisar"?

Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha.

Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo

em seu estandarte. Alceu Valença canta: Segura a "coisa" com muito

cuidado / Que eu chego já."

Já em Minas Gerais , todas as coisas são chamadas de trem. (menos o trem,

que lá é chamado de "coisa"). A mãe está com a filha na estação, o trem se

aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a "coisa"!.

E, no Rio de Janeiro?

Olha que "coisa" mais linda, mais cheia de graça...

A garota de Ipanema era coisa de fechar o trânsito!

Mas se ela voltar, se ela voltar, que "coisa" linda, que "coisa" louca.

Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.

Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino.

Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!

Coisa também não tem tamanho.

Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira um monte de coisas...

Mas a "coisa" tem história mesmo é na MPB.

No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, a coisa estava na letra

das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré: Prepare seu coração

pras "coisas" que eu vou contar..., e A Banda, de Chico Buarque: pra ver a banda passar,

cantando "coisas" de amor...

Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva).

E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas:

"coisa" linda, "coisa" que eu adoro!

Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade

afinal, são tantas "coisinhas" miúdas.

E esse papo já tá qualquer "coisa". Já qualquer "coisa" doida dentro mexe...

Essa coisa doida é um trecho da música "Qualquer Coisa", de Caetano,

que também canta: alguma "coisa" está fora da ordem! e o famoso hino a São Paulo: "alguma coisa acontece no meu coração"!

Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar.

Uma coisa de cada vez, é claro, afinal, uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa.

E tal e coisa, e coisa e tal.

Um cara cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques.

Já uma cara cheio das coisas, vive dando risada. Gente fina é outra coisa.

Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.

A coisa pública não funciona no Brasil. Político, quando está na oposição, é uma coisa,

mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura.

Quando elege seu candidato de confiança, o eleitor pensa: Agora a "coisa" vai...

Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma.

Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!

Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para serem usadas,

por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas?

Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas.

Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.

Mas, deixemos de "coisa", cuidemos da vida, senão chega a morte, ou "coisa"

parecida... Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento:

"AMARÁS A DEUS SOBRE TODAS AS "COISAS"."

Entendeu o espírito da coisa?

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

QUANDO A CASA DOS AVÓS SE FECHA

Acho que um dos momentos mais tristes da nossa vida é quando a porta da casa dos avós se fecha para sempre, ou seja, quando essa porta se fecha, encerramos os encontros com todos os membros da família, que em ocasiões especiais quando se reúnem, exaltam os sobrenomes, como se fosse uma família real, e, sempre carregados pelo amor dos avós, como uma bandeira, eles (os avós) são culpados e cúmplices de tudo.

Quando fechamos a casa dos avós, também terminamos as tardes felizes com tios, primos, netos, sobrinhos, pais, irmãos e até recém-casados que se apaixonam pelo ambiente que ali se respira.

Não precisa nem sair de casa, estar na casa dos avós é o que toda família precisa para ser feliz.

As reuniões de Natal, regadas com o cheiro a tinta fresca, que cada ano que chegam, pensamos “...e se essa for a última vez”? É difícil aceitar que isso tenha um prazo, que um dia tudo ficará coberto de poeira e o riso será uma lembrança longínqua de tempos talvez melhores.

O ano passa enquanto você espera por esses momentos, e sem perceber, passamos de crianças abrindo presentes, a sentarmos ao lado dos adultos na mesma mesa, brincando do almoço, e do aperitivo para o jantar, porque o tempo da família não passa e o aperitivo é sagrado.

A casa dos avós está sempre cheia de cadeiras, nunca se sabe se um primo vai trazer namorada, porque aqui todos são bem-vindos.


Sempre haverá uma garrafa térmica com café, ou alguém disposto a fazê-lo.

Você cumprimenta as pessoas que passam pela porta, mesmo que sejam estranhas, porque as pessoas na rua dos seus avós são o seu povo, eles são a sua cidade.

Fechar a casa dos avós é dizer adeus às canções com a avó e aos conselhos do avô, ao dinheiro que te dão secretamente dos teus pais como se fosse uma ilegalidade, chorar de rir por qualquer bobagem, ou chorar a dor daqueles que partiram cedo demais. É dizer adeus à emoção de chegar à cozinha e descobrir as panelas, e saborear a “comida da nona”.

Portanto, se você tiver a oportunidade de bater na porta dessa casa e alguém abrir para você por dentro, aproveite sempre que puder, porque ver seus avós ou seus velhos, ficar sentado esperando para lhe dar um beijo é a maior sensação, maravilhosa, que você pode sentir na vida.

Descobrimos que agora nós temos que ser os avós, e nossos pais se foram, nunca vamos perder a oportunidade de abrir as portas para nossos filhos e netos e celebrar com eles o dom da família, porque só na família é onde os filhos e os netos encontrarão o espaço oportuno para viver o mistério do amor por quem está mais próximo e por quem está ao seu redor.

Aproveite e aproveite a casa dos avós, pois chegará um tempo em que na solidão de suas paredes e recantos, se fechar os olhos e se concentrar, poderá ouvir talvez o eco de um sorriso ou de um grito, preso no tempo. De resto, posso dizer que ao abri-los, a saudade vai pegar você, e você vai se perguntar: por que tudo foi tão rápido? E vai ser doloroso descobrir que ele não foi embora ... nós o deixamos ir ...



(Texto recebido pelo WhatsApp sem identificação do autor. Caso venha a identificar, darei o devido crédito).

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Finais doem, recomeços curam!


Um dia você entende que nem tudo nasceu para “ser para sempre”. Aliás, nada nasceu para ser assim. Existem coisas que são eternas, mas eternidade nunca foi sinônimo de igual. O que é sempre igual não muda, não cresce, não melhora, não evolui. Chega um momento que algumas coisas precisam ter fim: quando um ciclo se cumpre, quando uma necessidade é atendida, quando um propósito se realizou. E isso vale para pessoas, coisas e situações.

Nesse processo muitos finais vão doer. Mais pelo nosso apego a determinada imagem da situação como está, das expectativas e sonhos sobre ela, do que pela partida em si. Perceber que a vida vai mudar (ou que está mudando) assusta. Muitas vezes machuca. Mas se ater a algo que não nos acrescenta um dia irá doer muito mais.

Às vezes algumas pessoas precisam seguir seus caminhos, novas pessoas precisam assumir seus destinos em nossas vidas, situações precisam mudar conforme nossas necessidades de aprendizado, e sempre existem aquelas coisas que precisamos admitir que não nos fazem bem. A sabedoria da natureza nos ensina que a vida tem fases, estações e que ninguém deve manter um fruto que já passou do tempo para ser consumido.

Finais doem, mas são saudáveis porque são as portas para o recomeço. Uma vida sem o novo perde todo o seu significado.

É preciso saber colocar pontos finais, deixar ir, concluir velhas histórias, chegar ao fim de antigos caminhos, pois é por detrás da curva de cada história finalizada que estão as novas experiências, as novas oportunidades as situações exatas que vão nos moldar para uma versão melhor. Se permitir ao novo é dar um presente a si mesmo, a oportunidade (e a aventura) de recomeçar e renovar o nosso emocional.

Finais podem doer, mas os recomeços... os recomeços curam!



Texto: Alexandro Gruber
Compartilhado de: www.facebook.com/novaterradosbudas

Mestre, como posso enfrentar o isolamento?

Limpa a tua casa. A fundo. Em cada canto. Mesmo os que nunca sentiste a coragem e a paciência para limpar. Torna a tua casa brilhante e bem cuidada. Remove poeira, teias de aranha, impurezas. Mesmo no lugar mais oculto. A tua casa representa-te: se cuidas dela, também te cuidas.

- Mestre, mas o tempo é longo. Depois de cuidar de mim e da minha casa, como posso viver o isolamento?

Conserta o que pode ser corrigido e remove o que não precisas mais. Dedica-te à colcha de retalhos, cose o início das calças, costura bem as bordas desgastadas dos vestidos, restaura uma peça de mobiliário, repara tudo o que vale a pena reparar. O resto, deita fora. Com gratidão. E com a consciência de que o seu ciclo terminou. Consertar e remover o que está fora de ti permite corrigir ou remover o que está por dentro.

- Mestre e depois o quê? O que posso fazer o tempo todo sozinho?

Semeia. Até uma pequena semente num vaso. Cuida de uma planta, rega-a todos os dias, fala com ela, dá um nome, remove as folhas secas e as ervas daninhas que podem sufocá-la e roubar energia vital preciosa. É uma maneira de cuidar das tuas sementes interiores, dos teus desejos, das tuas intenções, dos teus ideais.

-Mestre e se o vazio vier visitar-me? ... Se vier o medo da doença e da morte?

Fala com eles. Prepara a mesa para eles também, reserva um lugar para cada um dos teus medos. Convida-os para jantar contigo. E pergunta-lhes por que vieram de tão longe para a tua casa. Que mensagem eles te querem trazer. O que eles te querem comunicar. - Mestre, acho que não posso fazer isso ...

- A tua questão não é isolar os problemas, mas o medo de enfrentar os teus dragões internos, aqueles que sempre quiseste afastar de ti. Agora não podes fugir. Olha nos olhos deles, ouve e descobrirás que te colocaram contra a parede. Eles isolaram-te para que pudessem falar contigo. Como as sementes que só podem brotar se estiverem sozinhas.


Texto compartilhado de: www.facebook.com/novaterradosbudas

sábado, 22 de agosto de 2020

Felicidade Realista

A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo.

Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum.

Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.

Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar É importante pensar-se ao extremo, buscar lá d entro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo.

Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

                                                          

 Texto de Marta Medeiros - Escritora, Jornalista e Cronista, colaboradora do Jornal Zero Hora e da Revista Época


Perguntei a um amigo que já ultrapassou os 60 e está chegando aos 80. Que tipo de mudança ele está sentindo?

 Ele me enviou as seguintes linhas muito interessantes, que eu gostaria de compartilhar com todos vocês.

  1) Depois de amar meus pais, meus irmãos, minha esposa, meus filhos, meus amigos, agora comecei a me amar.

  2) Acabei de perceber que não sou "Atlas". O mundo não repousa sobre meus ombros.

  3) agora parei de negociar com vendedores de frutas e verduras. Afinal, alguns centavos a mais não vão abrir um buraco no meu bolso, mas podem ajudar o pobre homem a economizar para as taxas escolares da filha.

  4) Pago o taxista sem esperar o troco. O dinheiro extra pode trazer um sorriso ao seu rosto. Afinal, ele está trabalhando muito mais duro do que eu.

  5) Parei de contar aos mais velhos que já contaram essa história muitas vezes. Afinal, a história os faz trilhar o caminho da memória e reviver o passado.

  6) Aprendi a não corrigir as pessoas, mesmo quando sei que estão erradas. Afinal, a responsabilidade de tornar todos perfeitos não é minha. A paz é mais preciosa do que a perfeição. (Como diz a Karín: se a pessoa vive numa bolha, deixa... não arrebente a bolha!)

  7) Dou elogios de forma livre e generosa. Afinal, melhora o humor não só do destinatário, mas também de mim mesmo!

  8) Aprendi a não ser incomodado por alguma mancha na minha camisa. Afinal, a personalidade fala mais alto do que as aparências.

  9) Eu fico longe de pessoas que não me valorizam. Afinal, eles podem não saber meu valor, mas eu sei.

  10) Fico calmo quando alguém faz política suja para ficar à minha frente na corrida dos ratos. Afinal, não sou um rato e também não estou em nenhuma corrida.

  11) Estou aprendendo a não ter vergonha de minhas emoções. Afinal, são minhas emoções que me tornam humano.

  12) Aprendi que é melhor abandonar o ego do que romper um relacionamento. Afinal, meu ego vai me manter distante, enquanto com relacionamentos eu nunca estarei sozinho!

  13) Aprendi a viver cada dia como se fosse o último. Afinal, pode ser o último.

  14) Estou fazendo o que me deixa feliz. Afinal, sou responsável pela minha felicidade e devo isso a mim mesmo.

  Decidi enviar isso para reflexão  de todos! Afinal temos que esperar tanto? Por que não podemos praticar isso em qualquer estágio da vida?


(Recebido por WhatsApp sem identificação do autor)

sábado, 15 de agosto de 2020

Deus Nunca Erra!

Um rei que não acreditava na bondade de DEUS  tinha um servo que em todas as situações lhe dizia: "Meu rei, não desanime porque tudo que Deus faz é perfeito , Ele não erra!"

Um dia eles saíram para caçar e uma fera atacou o rei.

O seu servo conseguiu matar o animal, mas não pôde evitar que sua majestade perdesse um dedo da mão.
Furioso e sem mostrar gratidão por ter sido salvo, o nobre disse: "Deus é bom? Se Ele fosse bom eu não teria sido atacado e perdido o meu dedo."
O servo apenas respondeu: "Meu Rei, apesar de todas essas coisas, só posso dizer-lhe que Deus é bom; e ele sabe o por que de todas as coisas O que Deus faz é perfeito. Ele nunca erra!" Indignado com a resposta, o rei mandou prender o seu servo .

Tempos depois, saiu para uma outra caçada e foi capturado por selvagens que faziam sacrifícios humanos.
Já no altar, prontos para sacrificar o nobre, os selvagens perceberam que a vítima não tinha um dos dedos e soltaram-no: Ele não era perfeito para ser oferecido aos deuses.

Ao voltar para o palácio, mandou soltar o seu servo e recebeu -o muito afetuosamente. "Meu caro, Deus foi realmente bom comigo! Escapei de ser sacrificado pelos selvagens , justamente por não ter um dedo! Mas tenho uma dúvida: Se Deus é tão bom, por que permitiu que você, que tanto o defende, fosse preso?"

"Meu rei, se eu tivesse ido com o senhor nessa caçada, teria sido sacrificado em seu lugar, pois não me falta dedo algum. Por isso, lembre-se: tudo o que Deus faz é perfeito."

Ele nunca erra!
Muitas vezes nos queixamos da vida e das coisas aparentemente ruins que nos acontecem, esquecendo-nos que nada é por acaso e que tudo tem um propósito. Todas as manhãs, ofereça seu dia ao Senhor Jesus

Peça para Deus inspirar os seus pensamentos, guiar os seus atos, apaziguar os seus sentimentos. E nada tema, pois DEUS NUNCA ERRA!!!

Autor desconhecido

quarta-feira, 15 de julho de 2020

O acento faz a diferença


Um poeta escreveu “Entre doidos e doídos, prefiro não acentuar.
Às vezes, não acentuar parece mesmo a solução.
Eu, por exemplo, prefiro a carne ao carnê.
Assim como, obviamente, prefiro o coco ao cocô.

No entanto, nem sempre a ausência do acento é favorável…
Pense no cágado, por exemplo, o ser vivo mais afetado quando alguém pensa que o acento é mera decoração.
E há outros casos, claro.
Eu não me medico; eu vou ao médico.
Quem baba não é a babá.
Você precisa ir à secretaria para falar com a secretária.
Será que a romã é de Roma?

E você, prefere ser uma pessoa vívida ou vivida?
Seus pais vêm do mesmo país?
Seria maio o mês mais apropriado para colocar um maiô?
Quem sabe mais entre a sábia e o sabiá?

O que tem a pele do Pelé?
O que há em comum entre o camelo e o camelô?
O que será que a fábrica fabrica?
E tudo que se musica vira música?

Será melhor lidar com as adversidades da conjunção mas ou com as más pessoas?
Será que tudo que eu valido se torna válido?
Melhor doidos que doídos?
E entre o amem e o amém, que tal os dois?

Na dúvida, com um pouquinho de contexto, garanto que o público entenda aquilo que publico.
E paro por aqui, pois esta lista já está longa.

[Carol Pereira]

Publicado em 

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Vende-se Tudo


                                                          Texto de Marta Medeiros*
         
No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos.

O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:

- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.

- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.

Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.

Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante. Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas.

Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu.

No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.

Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material.

Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo.

Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar. Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida.

Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile.

Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa.

Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde.

Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza: "só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir, "é melhor refletir e começar a trabalhar o DESAPEGO JÁ!

Não são as coisas que possuímos ou compramos que representam riqueza, plenitude e felicidade. São os momentos especiais que não tem preço, as pessoas que estão próximas da gente e que nos amam, a saúde, os amigos que escolhemos, a nossa paz de espírito.

Felicidade não é o destino e sim a viagem


* Marta Medeiros é Escritora, Jornalista e Cronista, colaboradora do Jornal Zero Hora e da Revista Épioca.

Uma pequena história para Pensar!

Durante a visita a um hospital psiquiátrico um dos visitantes perguntou ao diretor:
- Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?
Respondeu o diretor:
- Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.
- Entendi - disse o visitante - uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher.
- Não - respondeu o diretor - uma pessoa normal tiraria a "tampa do ralo"... O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria ?
(Dedicado a todos que escolheram o balde)

Uma das reflexões diz respeito à indução: a resposta não estava nas alternativas propostas.
Muitas vezes somos induzidos por opiniões de gente tida como intelectual ou abalizada, mas que, na verdade, transformam a realidade para se adequar a um pensamento, teoria, criação ou interpretação na forma como lhes convém.
Ouvir os outros é preciso, mas usar da própria capacidade de raciocínio é o mais valioso.
O texto permite diversas outras reflexões e, portanto, bons pensamentos.

"Não tenha medo de crescer lentamente. Tenha medo apenas de ficar parado."

Duas pulgas estavam conversando e uma disse para a outra:
- Sabe qual é o nosso problema? Nós não voamos, só sabemos saltar.
Daí, nossa chance de sobrevivência quando somos percebidas é zero.
É por isso que existem muito mais moscas do que pulgas no mundo: moscas voam.
E elas tomaram a decisão de aprender a voar. Contrataram uma mosca como consultora, entraram num programa intensivo e saíram voando.
Passado algum tempo, a primeira pulga falou para a outra:
- Sabe? Voar não é o suficiente, porque ficamos grudadas ao corpo do
cachorro. Portanto, o nosso tempo de reação é menor do que a velocidade da coçada dele. Temos que aprender a fazer como as abelhas, que sugam e levantam vôo rapidamente.
E elas contrataram o serviço de consultoria de uma abelha, que lhes ensinou a técnica do chega-suga-voa. Funcionou, mas não resolveu.
Porque, como a primeira pulga explicou:
- Nossa bolsa para armazenar sangue é muito pequena, por isso temos que ficar sugando por muito tempo. Escapar, a gente até escapa, mas não estamos nos alimentando adequadamente. Temos que aprender com os pernilongos como é que eles conseguem se alimentar com mais rapidez.
E um pernilongo lhes prestou uma consultoria sobre como incrementar o tamanho do abdômen. E as duas pulgas foram felizes. Por poucos minutos. Como tinham ficado muito maiores, sua aproximação era facilmente percebida pelo cachorro. E elas começaram a ser espantadas antes mesmo de conseguir pousar. Foi aí que encontraram uma saltitante pulguinha dos velhos tempos:
- Ué, o que aconteceu com vocês? Vocês estão enormes! Fizeram plástica?
- Pois é, nós agora somos pulgas adaptadas aos grandes desafios do século XXI. Voamos ao invés de saltar, picamos rapidamente e podemos armazenar muito mais alimento.
- E por que é que vocês estão com essa cara de subnutridas?
- Isso é temporário. Já estamos fazendo consultoria com um morcego,
que vai nos ensinar a técnica do radar. E você?
- Ah, eu vou bem, obrigada. Forte e sacudida.
Era verdade. A pulguinha estava viçosa e bem alimentada. Mas as duas pulgonas não quiseram dar a pata a torcer:
- Mas você não está preocupada com o futuro? Não pensou em uma consultoria?
- E quem disse que eu não tenho uma? Contratei uma lesma como consultora.
- Hã? O que lesmas têm a ver com pulgas?
- Tudo. Eu tinha o mesmo problema que vocês. Mas ao invés de dizer para a lesma o que eu queria, deixei que ela avaliasse bem a situação e me sugerisse a melhor solução. E ela ficou ali três dias, quietinha,
só observando o cachorro, tomando notas e pensando. E então a lesma me deu o diagnóstico da consultoria:
"Você não precisa fazer nada radical para ser mais eficiente. Muitas vezes, uma 'grande mudança' é apenas uma simples questão de reposicionamento".
- E isso quer dizer o quê?
- O que a lesma me sugeriu fazer: "Sente-se no cocuruto do cachorro. É único lugar que ele não consegue alcançar com a pata".


Muitas vezes, queremos fazer mudanças radicais em nossa vida, achando ser a solução dos nossos problemas... mas pequenas mudanças em nosso comportamento já dão resultados incríveis .


                                                                           (Desconheço a autoria)

sábado, 20 de junho de 2020

Sentar-se à Janela


Era criança quando, pela primeira vez, entrei em um avião.
A ansiedade de voar era enorme.
Eu queria me sentar ao lado da janela de qualquer jeito, acompanhar o vôo desde o primeiro momento e sentir o avião correndo na pista cada vez mais rápido até a decolagem.
Ao olhar pela janela via, sem palavras, o avião rompendo as nuvens, chegando ao céu azul.
Tudo era novidade e fantasia..
Cresci, me formei, e comecei a trabalhar. No meu trabalho, desde o início, voar era uma necessidade constante.
As reuniões em outras cidades e a correria me obrigavam, às vezes, a estar em dois lugares num mesmo dia.
No início pedia sempre poltronas ao lado da janela, e, ainda com olhos de menino, fitava as nuvens, curtia a viagem, e nem me incomodava de esperar um pouco mais para sair do avião, pegar a bagagem, coisa e tal.
O tempo foi passando, a correria aumentando, e já não fazia questão de me sentar à janela, nem mesmo de ver as nuvens, o sol, as cidades abaixo, o mar ou qualquer paisagem que fosse.
Perdi o encanto. Pensava somente em chegar e sair, me acomodar rápido e sair rápido.
As poltronas do corredor agora eram exigência . Mais fáceis para sair sem ter que esperar ninguém, sempre e sempre preocupado com a hora, com o compromisso, com tudo, menos com a viagem, com a paisagem, comigo mesmo.
Por um desses maravilhosos 'acasos' do destino, estava eu louco para voltar de São Paulo numa tarde chuvosa, precisando chegar em Curitiba o mais rápido possível.
O vôo estava lotado e o único lugar disponível era uma janela, na última poltrona.
Sem pensar concordei de imediato, peguei meu bilhete e fui para o embarque.
Embarquei no avião, me acomodei na poltrona indicada: a janela. Janela que há muito eu não via, ou melhor, pela qual já não me preocupava em olhar.
E, num rompante, assim que o avião decolou, lembrei-me da primeira vez que voara.
Senti novamente e estranhamente aquela ansiedade, aquele frio na barriga.
Olhava o avião rompendo as nuvens escuras até que, tendo passado pela chuva, apareceu o céu.
Era de um azul tão lindo como jamais tinha visto. E também o sol, que brilhava como se tivesse acabado de nascer.
Naquele instante, em que voltei a ser criança, percebi que estava deixando de viver um pouco a cada viagem em que desprezava aquela vista.
Pensei comigo mesmo: será que em relação às outras coisas da minha vida eu também não havia deixado de me sentar à janela, como, por exemplo, olhar pela janela das minhas amizades, do meu casamento, do meu trabalho e convívio pessoal?
Creio que aos
 poucos, e mesmo sem perceber, deixamos de olhar pela janela da nossa vida. 
A vida também é uma viagem e se não nos sentarmos à janela, perdemos o que há de melhor: as paisagens, que são nossos amores, alegrias, tristezas, enfim, tudo o que nos mantém vivos.
Se viajarmos somente na poltrona do corredor, com pressa de chegar, sabe-se lá aonde, perderemos a oportunidade de apreciar as belezas que a viagem nos oferece.
Se você também está num ritmo acelerado, pedindo sempre poltronas do corredor, para embarcar e desembarcar rápido e 'ganhar tempo', pare um pouco e reflita sobre aonde você quer chegar.
A aeronave da nossa existência voa célere e a duração da viagem não é anunciada pelo comandante.
Não sabemos quanto tempo ainda nos resta.
Por essa razão, vale a pena sentar próximo da janela para não perder nenhum detalhe.
Afinal, 'a vida, a felicidade e a paz são caminhos e não destinos'.



     Autoria atribuída a Alexandre Garcia - Jornalista, apresentador e colunista de política brasileira. 

Tempo... Tempo... Tempo



                                  Por Airton Luiz Mendonça ( Artigo do jornal o Estado de São Paulo )

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. 
Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo. 

Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea. 
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol. 
Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: 
Nosso cérebro é extremamente otimizado. 
Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. 
Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.. 
Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade. 

Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo. 
É quando você se sente mais vivo. 
Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando" as experiências duplicadas. 
Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente. 
Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. 
Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo. 

Como acontece? 

Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência). 

Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa... 
São apagados de sua noção de passagem do tempo... 
Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida. 

Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir -as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo. 

Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década. 
Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a...ROTINA 
Não me entenda mal. 
A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos. 

Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque). 
Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos. 
Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas. 

Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia). 
Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais. 
Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo. 

Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente. 
Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes. 
Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes. 

Seja diferente. 
Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos..... em outras palavras...... V-I-V-A. 

Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo. 
E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais  v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí. 

Cerque-se de amigos. 
Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes. 
Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é? 

Boa sorte em NOSSAS experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida. 


E SCR EVA em tAmaNhos diFeRenTes e em CorES di fE r En tEs !
CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE, REINVETE......

Tipos de "Malas" no ambiente de Trabalho



Bruna Gasgon é consultora em comunicação, tem formação em publicidade e propaganda, em artes cênicas, também é atriz e diretora de teatro. Por conta disso, conviveu com pessoas vaidosas, cujo ego, não raro, era bem maior que o talento. Então, resolveu usar sua experiência de mais de 35 anos e montar um curso para ajudar as pessoas a lidarem com gente muito, muito chata. Se você não se encaixa no tipo, certamente trabalha, já trabalhou ou, um dia, terá de dividir espaço com um. 'Nem adianta mudar de emprego, a não ser que a coisa saia do controle. Você muda o elenco, mas o time continua o mesmo', diz Bruna. Aprenda a identificar os tipos e a neutralizá-los. 

Brucutu 

É a pessoa grossa, explosiva, briguenta. Um 'cavalo'. 
Como neutralizar: Espere o acesso de raiva (dele) passar e imponha respeito. Mostre que não aceitará esse tratamento. 'O brucutu é como um brinquedinho de corda: uma hora para', alivia Bruna. 'Espere a corda acabar.' 

Kid Tocaia 

Suas armas: a calúnia, a inveja, a difamação. Quando confrontado, se defende dizendo 'é brincadeirinha!' para desarmá-la. 
Como neutralizar: 'Devolva a ironia. Ele diz que seu cabelo está horroroso? Diga que também não gostou e que vai processar o cabeleireiro!' 

Sabe-Tudo 

Precisa contar para todo mundo que é superior em tudo. Tem a melhor casa, o melhor carro... Não gosta de ouvir, mas adora falar. 
Como neutralizar: 'Ele precisa de plateia. Não caia na tentação de desafiá-lo e acabará agindo como ele'. 

Frente-Fria 

Joga um balde de água fria em suas conquistas. É gente que anda na calçada escura da vida. Se você trocou de carro, lá vem a bomba: 'É o modelo mais visado pelos bandidos!' 
Como neutralizar: Cuidado, o tipo contamina. Ouça um pouco, diga que está com pressa e saia de fininho. 

Enigma 

Mais comum entre as mulheres. É a colega que se ofende por bobagem e fica dias de cara amarrada. Ela quer que você se esforce tentando agradá-la. 
Como neutralizar: Aja naturalmente, sorria sempre e não pergunte o motivo da cara feia. Ela não vai dizer mesmo... 

Disk-Problema 

Anda com uma nuvem negra sobre a cabeça em dia de sol escaldante. Se queixa de tudo, sempre, sem parar. 
Como neutralizar: 'Apresente soluções para os problemas. Com sorte, ele até pode acatar suas sugestões. Mas cuidado para não começar a reclamar também'. 

Cuidado para não virar um deles: 

· Pare de reclamar dos chatos, senão, em pouco tempo, você se tornará um. Por mais absurdo que possa parecer, até os insuportáveis têm algum ponto positivo. Esforce-se para descobrir e explorá-lo 

· Jamais perca a cabeça. Seja mais paciente e tolerante com as pessoas ao seu redor. É a melhor forma de conseguir a colaboração de todos 

· Não tente transformar ninguém. Tente, isso sim, mudar suas atitudes diante de gente problemática. Ao reagir de outra forma, ele também vai tratar você de maneira diferente 

· Não se deixe envolver e não entre para o time dos insuportáveis. Lembre-se: você é feliz. Eles é que não são.




terça-feira, 12 de maio de 2020

Um mundo sem bar

                                (crônica do jornalista Gilberto Amendola - O Estado de S.Paulo)



Um mundo sem bar é um mundo sem empatia. É um mundo sem amor ao próximo. É um mundo de indiferença. Um mundo cheio de “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?”.

Eu não quero viver em um mundo sem bar. Não sei qual vai ser o novo normal depois do fim da quarentena, mas, definitivamente, não quero viver em um mundo sem bar.

Não é pelo álcool, acreditem. Se fosse só por beber, ficaria em casa com meu estoque de garrafinhas. Não tem nada a ver com porres, ressacas ou qualquer comportamento autodestrutivo.

Ao contrário, amigos. Bar é a celebração da vida, do amor, da inteligência e do companheirismo. No final da linha evolutiva traçada por Darwin, podem apostar, o que se vê é um homem sentado no balcão de um bar, tomando sua cervejinha em paz.

Sem bar, o que nos resta é o meteoro (ou a pandemia).

Bar é igreja, startup, salão de beleza, consultório psiquiátrico, UTI, SUS, ONU, OMS… Bar é meio ambiente, Ministério da Cultura, Economia, Educação, Justiça e Direitos Humanos.

O bar é a arena das nossas maiores emoções. Bar é o consolo de quem perdeu. O pódio dos campeões. E o olimpo de quem não quer competir.

Sou um sujeito adaptável. Posso viver sem muitas coisas. Abro mão de quase tudo que possa resultar na aglomeração de seres humanos e, consequentemente, facilitar a disseminação da nojenta da covid-19. Ou seja, estádios de futebol, festivais de música e clubes de swing não mais contarão com a minha presença pelo tempo determinado pelas autoridades.

Mas um mundo sem bar é um mundo pior.

É um mundo sem happy hour, sem aquela olhadinha para o relógio perto do fim do expediente, sem a gravata frouxa e torta no pescoço, sem aquele suspiro de alívio ao se aboletar em um banco e encostar os cotovelos no balcão.

Um mundo sem balcão de bar é um mundo muito pior. É um mundo sem a nossa tábua de salvação, sem a lousa em que rabiscamos projetos, fugas e desastrados sonetos de (des)amor.

Eu não quero viver em um mundo sem bolovo, shot de Cynar, caipirinha, dry martini ou negroni. Não quero viver em um mundo sem amendoim, porção de azeitona ou pururuca. Eu não quero viver em um mundo sem saideira. Eu não quero viver em um mundo em que eu não possa desenhar no ar aquele gesto universal que, em qualquer idioma, significa “fecha a conta, por favor”.

Um mundo sem bar é um mundo sem as melhores pessoas. Como deve ser ruim um mundo em que nenhum garçom nos chame pelo nome, em que nenhum bartender saiba qual o nosso coquetel preferido, em que nenhuma musa nos lance um olhar de desprezo ao deixar o recinto com o cara errado.

Um mundo sem bar é um mundo sem empatia. É um mundo sem amor ao próximo. É um mundo de indiferença. Um mundo cheio de “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?”.

Vai por mim! Mesmo que esse próximo esteja na mesa ao lado falando bobagens, contando mentiras ou piadas ruins, ele também será digno desse sublime amor de bar. Mesmo que seja um mala, um inconveniente, alguém exaustivamente alegre ou infeliz como um cactos, ele sempre será digno do infinito amor de bar.

No bar, todo desconhecido ganha um voto de confiança imediato. Todo estranho confirma Rousseau – e é bom por natureza.

O bar é a nossa maior invenção. É a nossa alma coletiva. Nosso colo de mãe. Bares funcionam como postos de abastecimento da humanidade.

– Enche aí meu coração com sua melhor gasolina aditivada de alma.

Um brinde, saúde!

Eu não quero viver em um mundo sem bar.

Quando tudo isso passar, vou sair de casa e ir direto para um balcão. Quem puder que me siga.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

O dia em que a máscara nos mostrou

Em minha última ida ao supermercado fui recepcionada com uma borrifada de álcool gel nas mãos, antes de me infiltrar pelos vários corredores onde se encontravam outros mascarados como eu.
Quem diria? Sorri por baixo do tecido branco. Quem diria que nossas faces, algum dia, seriam representadas apenas pelos olhos? Quem seria capaz de apostar que chegaríamos ao ponto de ter que decodificar o sorriso (ou o mau humor) das pessoas que encontramos por aí, através dos olhares?

Enquanto selecionava produtos e enchia o carrinho de compras, fui me dando conta das vantagens de usar máscara, além da prevenção ao coronavirus.

Nunca fomos tão iguais, andando nos supermercados , nas ruas, em qualquer lugar. De repente o feio e o bonito, desapareceram por trás de um paninho mágico. De uma hora para outra ficou desnecessário e inconveniente usar maquiagem, porque a única coisa que temos a exibir são os olhos que, por sensatez, dispensam a moda exagerada dos cílios postiços.

Como um uniforme facial, independente da cor ou estampa, a máscara unificou as pessoas. E, ao mesmo tempo, induz a olhar para frente sem muito interesse no que este ou aquela está vestindo ou calçando. Se é rico ou pobre, elegante ou cafona, novo ou velho…a máscara encobriu estes aspectos da hierarquia social.

Tenho a impressão de que se num daqueles corredores houvesse alguém usando pijama e pantufas, ninguém acharia estranho desde que estivesse de máscara.

A máscara nos trouxe o verdadeiro sentido de igualdade que se apresenta no momento de vulnerabilidade. Todos podemos adoecer e morrer do mesmo jeito, e ainda que alguns achem que por serem mais jovens, fortes, atléticos, estão protegidos, não são capazes de se arriscar e descobrir que estavam equivocados. Pela primeira vez, os que ousam infringir a nova lei da normalidade não são considerados ousados ou revolucionários, mas sim desprovidos de inteligência.

Por muito tempo se ouvirá dizer que um vírus surgiu na Terra e tirou tudo do lugar. Mas eu gosto de pensar que um dia na Terra um simples pedaço de pano colocou o mundo inteiro no mesmo lugar.


                                    Autoria de Léia Batista – www.leiabatista.com.br

O Vendedor de Ovos

Uma Senhora estava passando pelas ruas, quando deparou com um Senhor vendendo ovos.
Ela perguntou: “Quanto você está vendendo os ovos?”
O velho vendedor respondeu: R$ 0,50 – um ovo, Senhora”.
Ela disse: “Vou levar 6 ovos por R$ 2.50 - ou vou embora”.
O velho vendedor respondeu: “Venha levá-los ao preço que você deseja. Pode ser, este é um bom começo porque não consegui vender nem um único ovo hoje “.
Ela pegou os ovos e se afastou sentindo que ganhou.
Ela entrou em seu carro elegante e foi a um restaurante elegante com sua amiga.
Lá, ela e sua amiga, pediram o que quiseram . Elas comeram um pouco e deixaram muito do que pediram. Então ela foi pagar a conta. A conta ficou em R$ 300,00.
Ela deu R$ 350,00 e pediu ao proprietário do restaurante para ficar com o troco….
Este incidente pode ter parecido bastante normal ao proprietário, mas muito doloroso para o vendedor de ovos pobre..
O objetivo é saber:
Por que sempre mostramos que temos o poder quando compramos dos necessitados?
E por que ficamos generosos com aqueles que nem precisam de nossa generosidade?

Uma vez eu li em algum lugar:

“Meu pai costumava comprar bens simples de pessoas pobres a preços elevados, mesmo que ele não precisasse deles. Às vezes, ele costumava pagar mais por eles. Fiquei preocupado com este ato e perguntei-lhe por que ele faz isso? Então meu pai respondeu: “É uma caridade embrulhada com dignidade, meu filho”


                                                                                    (Desconheço a autoria)

Lobos Internos

Um velho avô disse ao neto, que veio a ele com raiva de um amigo que lhe havia feito uma injustiça:


- Deixe-me contar uma história. Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio por aqueles que aprontaram tanto comigo, sem qualquer arrependimento. 
Todavia, o ódio corrói você, mas não fere seu inimigo. É o mesmo que tomar veneno, desejando que seu inimigo morra. Lutei muitas vezes contra estes sentimentos.

O avô continuou:

- É como se existissem dois lobos dentro de mim.

Um deles é bom e não magoa. Ele vive em harmonia com todos ao seu redor e não se ofende quando não se teve intenção de ofender. Ele só lutará quando for certo fazer isto, e da maneira correta. Mas o outro lobo, ah! Este é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira! Ele briga com todos, o tempo todo, sem qualquer motivo.
Ele não pode pensar, porque sua raiva e seu ódio são muito grandes. É uma raiva inútil, pois ela não irá mudar coisa alguma.

E concluiu:

- Algumas vezes é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito.
O garoto olhou intensamente nos olhos do avô e perguntou: 
- Qual deles vence, vovô? 
O avô sorriu e respondeu baixinho:
- Aquele que eu alimento mais!
E você?
Qual dos lobos tem alimentado mais?
É preciso mudar?
Então mãos à obra!

               
                                                                                         (Desconheço a autoria)


O que significa “Omo” em inglês?

                                                      Em 1957, a marca Omo, de origem inglesa, foi lançada no Brasil pela Lever (nome adotado pela filial da Unilever no País até 1960). Desde então, brasileiros se perguntam o que quer dizer Omo em inglês.

Segundo   a  Unilever, Omo é abreviatura da expressão inglesa Old Mother Owl, (velha mãe coruja), usada para definir a sabedoria e o zelo maternos. A ave foi estampada  nas  caixas  do  sabão  em  pó  na Inglaterra,  no  início  do seculo XX,  mas  nunca  foi  estampada nas embalagens brasi-leiras.



Fonte: www.inglesnosupermercado.com.br/o-que-significa-omo-em-ingles/

segunda-feira, 27 de abril de 2020

A Águia e o Pardal

O sol anunciava o final de mais um dia e lá, entre as árvores, estava Andala, um pardal que não se cansava de observar Yan, a grande águia.

Seu vôo preciso, perfeito, enchia seus olhos de admiração. Sentia vontade em voar como a águia, mas não sabia como o fazer. Sentia vontade em ser forte como a águia, mas não conseguia assim ser.

Todavia, não cansava de segui-la por entre as árvores só para vislumbrar tamanha beleza… Um dia estava a voar por entre a mata a observar o vôo de Yan, e de repente a águia sumiu da sua visão. Voou mais rápido para reencontrá-la, mas a águia havia desaparecido. Foi quando levou um enorme susto: deparou de uma forma muito repentina com a grande águia a sua frente. Tentou conter o seu vôo, mas foi impossível, acabou batendo de frente com o belo pássaro. Caiu desnorteado no chão e quando voltou a si, pode ver aquele pássaro imenso bem ao seu lado observando-o. Sentiu um calafrio no peito, suas asas ficaram arrepiadas e pôs-se em posição de luta.

A águia em sua quietude apenas o olhava calma e mansamente, e com uma expressão séria, perguntou-lhe:

Por que estás a me vigiar, Andala?

Quero ser uma águia como tu, Yan. Mas, meu vôo é baixo, pois minhas asas são curtas e vislumbro pouco por não conseguir ultrapassar meus limites.

E como te sentes amigo sem poder desfrutar, usufruir de tudo aquilo que está além do que podes alcançar com tuas pequenas asas?

Sinto tristeza. Uma profunda tristeza. A vontade é muito grande de realizar este sonho…

O pardal suspirou olhando para o chão… E disse:

Todos os dias acordo muito cedo para vê-la voar e caçar. És tão única, tão bela. Passo o dia a observar-te.
E não voas? Ficas o tempo inteiro a me observar? Indagou Yan.

Sim. A grande verdade é que gostaria de voar como tu voas… Mas as tuas alturas são demasiadas para mim e creio não ter forças para suportar os mesmos ventos que, com graça e experiência, tu cortas harmoniosamente…

Andala, bem sabes que a natureza de cada um de nós é diferente, e isto não quer dizer que nunca poderás voar como uma águia. Sê firme em teu propósito e deixa que a águia que vive em ti possa dar rumos diferentes aos teus instintos. Se abrires apenas uma fresta para que esta águia que está em ti possa te guiar, esta dar-te-á a possibilidade de vires a voar tão alto como eu. Acredita!

E assim, a águia preparou-se para levantar vôo, mas voltou-se novamente ao pequeno pássaro que a ouvia atentamente:

Andala, apenas mais uma coisa: Não poderás voar como uma águia, se não treinares incansavelmente por todos os dias. O treino é o que dá conhecimento, fortalecimento e compreensão para que possas dar realidade aos teus sonhos. Se não pões em prática a tua vontade, teu sonho sempre será apenas um sonho. Esta realidade é apenas para aqueles que não temem quebrar limites, crenças, conhecendo o que deve ser realmente conhecido. É para aqueles que acreditam serem livres, e quando trazes a liberdade em teu coração poderás adquirir as formas que desejares, pois já não estarás apegado a nenhuma delas, serás livre! Um pardal poderá, sempre, transformar-se numa águia, se esta for sua vontade. Confia em ti e voa, entrega tuas asas aos ventos e aprende o equilíbrio com eles. Tudo é possível para aqueles que compreenderam que são seres livres, basta apenas acreditar, basta apenas confiar na tua capacidade em aprender e ser feliz com tua escolha!

                                                                         (Desconheço a autoria)

Milho de Pipoca

A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser.
O milho da pipoca não é o que deve ser.
Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro.
O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer.
Pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa.
Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.
Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca para sempre.
Assim acontece com a gente.
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira.
São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosas.
Só que elas não percebem.
Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: Dor.
Pode ser fogo de fora: perder um filho, o pai ficar doente, perder o emprego, ficar pobre.
Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão – sofrimentos cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio.
Apagar o fogo.
Sem o fogo o sofrimento diminui.
E com isso a possibilidade da grande transformação.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer.
Dentro da sua casca dura, fechada em si mesmo.
Ela não pode imaginar destino diferente.
Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada.
A pipoca não imagina aquilo de que é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece:
PUM! – e ela aparece como uma outra coisa completamente diferente que ela mesmo nunca havia sonhado.
Bom, mas ainda temos o piruá que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar.
Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
A sua presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.
O destino delas é triste.
Ficarão duras a vida inteira.
Não vão se transformar na flor branca e macia.
Não vão dar alegria para ninguém.
Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo…”.


                                                        (Texto de Rubem Alves)

quinta-feira, 16 de abril de 2020

A Terceira Guerra Mundial


Eu nasci poucos anos depois do fim da última grande guerra, e desde pequena ouço falar que a Terceira Guerra Mundial provavelmente iria dizimar grande parte da raça humana.

Acho que chegamos nela e nem nos demos conta disso. A diferença é que eu, na minha inocência, acreditava que seria uma briga de algum país rico, contra outro país rico, em busca de alguma riqueza maior ainda. Que esses países inventariam bombas terríveis e com toda força bélica iriam demonstrar quem era o mais forte... Errei... Errei feio... Descobri que o país mais forte na terceira guerra mundial, não é o que tem mais armas de fogo. Não é o que investiu em força bélica, ou armamento nuclear. O país que vai ganhar a guerra é aquele que soube investir na ciência, na saúde e em sua infraestrutura hospitalar, porque o inimigo não morre com um tiro, ele é invisível.

Mas, em uma coisa eu estava certa...Muitos vão morrer.
Essa guerra está aí para inverter valores.

Veja:

O petróleo, sem consumo, não vale nada, não é mais ouro negro como sempre disseram... O ouro hoje é em gel, e transparente... E só serve pra desinfetar.

Shoppings fechados, lojas desertas. Pra que comprar, se ninguém vai ver a bota nova comprada na loja cara logo no lançamento da Coleção outono-inverno?

Carros caros que não saem das garagens. Viagens desmarcadas. A Disney perdeu o encanto e o Donald, dessa vez o Trump, pede para que os americanos fiquem em casa.

Em todas as línguas a palavra mais falada é essa mesmo "casa"... Que ganha um novo significado, além de morada vira "abrigo".

A muralha da China não impediu que o vírus se espalhasse. Deixamos todo o trabalho em cima das mesas e de um dia para o outro, tudo parou... Tenho a sensação de que não me despedi de ninguém... Fico imaginando que eu não posso perder ninguém, nem ir embora desse mundo sem me despedir. Será que abracei o suficiente? Será que disse a todos o quanto eu os amo... Não sei... Essa Guerra me deixou sem chão, verdades tão óbvias apareceram e quebraram paradigmas.

Precisou que o mundo parasse e o vírus ameaçasse nossa sobrevivência para que os pais percebessem que educação se faz em casa. E que escolas são centros de socialização. Que ensinar não é fácil e que professores são muito mais heróis do que aqueles que o cinema mostra. Que os mitos estão nos hospitais, de máscaras e sem condições de trabalho e não no Planalto onde a idiotização das pessoas toma forma humana e sem escrúpulos.

Se você aprendeu com a sabedoria dos mais velhos, sorte a sua, o mundo depois dessa tsumani será mais jovem, com menos rugas e menos sábio...

Ou talvez a sabedoria apareça nesse tempo, desde que ele sirva para entendermos que viagens foram canceladas porque a grande viagem que deve ser feita é pra dentro de nós mesmos. Para que você entenda que o importante não são os custos, mas os valores.

Que essa guerra sirva pra que você reveja seus conceitos, entenda que rico é o trabalhador, sem ele não existe riqueza. Que sem o homem a natureza é mais feliz e o céu mais azul. Que amigos usam a tecnologia pra se fazer perto, e que não existe distância para aqueles que se amam. Que vencer uma guerra no sofá é uma benção, e está em suas mãos. Sua casa é sua trincheira e na terceira guerra mundial a granada mais perigosa é água e sabão.

E quando passar, olhe pra essa quarentena e veja que ela foi apenas o tempo de incubação, que você precisou para renascer.

                                                                                Texto de Adriana Giampietro

segunda-feira, 30 de março de 2020

Desabafo

"Na fila do supermercado o caixa diz a uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: 
- Não havia essa onda verde no meu tempo.
O empregado respondeu:
- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. 

Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente. 

'Você está certo', responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes. 

Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. 

Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potencia a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões. 

Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. 

Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. 

Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas. Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. 

Naquela época tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como? 

Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usávamos jornal amassado para protegê-lo, não plástico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. 

Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. 

O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade. Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. 

Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas "pet" que agora lotam os oceanos. 

Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte. Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. 

Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. 

E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima. 

Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?


                                                                          (Desconheço a autoria)

O segredo da Felicidade



Certo mercador enviou seu filho para aprender o Segredo da Felicidade com o mais sábio de todos os homens. O rapaz andou durante muitos dias pelo deserto, até chegar a um belo castelo, no alto de uma montanha. Lá vivia o Sábio que o rapaz buscava. 

Ao invés de encontrar um homem santo, porém, o nosso rapaz entrou numa sala e viu uma intensa atividade; mercadores entravam e saíam, pessoas conversavam pelos cantos, uma pequena orquestra tocava melodias, e havia uma farta mesa com os mais deliciosos quitutes daquela região do mundo. 

O Sábio conversava com todos, e o rapaz teve que esperar por várias horas até chegar sua vez de ser atendido. 

O Sábio ouviu atentamente o motivo da visita do rapaz, mas disse-lhe que naquele momento não tinha tempo para explicar-lhe o Segredo da Felicidade. Sugeriu que o rapaz desse um passeio por seu palácio, e voltasse dali a duas horas. 

-Entretanto, quero lhe pedir um favor - completou o Sábio, entregando ao rapaz uma colher de chá, onde pingou duas gotas de óleo. Enquanto você estiver caminhando, carregue esta colher sem deixar que o óleo seja derramado. 

O rapaz começou a subir e descer as escadarias do palácio, mantendo sempre seus olhos fixos na colher. Ao final de duas horas, retornou à presença do Sábio. 

-Então - perguntou-lhe o Sábio - Você viu as tapeçarias da Pérsia que estão na minha sala de jantar? Viu o jardim que o mestre dos jardineiros demorou dez anos para criar? Reparou nos belos pergaminhos de minha biblioteca? 

O rapaz, envergonhado, confessou que não havia visto nada. Sua única preocupação era de não derramar as gotas de óleo que o Sábio lhe havia confiado. 

- Pois então volte e conheça as maravilhas do meu mundo - disse o Sábio - Você não pode confiar num homem se não conhece sua casa. 

Já mais tranqüilo, o rapaz pegou a colher e voltou a passear pelo palácio, desta vez reparando em todas as obras de arte que pendiam do teto e das paredes. Viu os jardins, as montanhas ao redor, a delicadeza das flores, o requinte com que cada obra de arte estava colocada em seu lugar. 

De volta à presença do Sábio, relatou pormenorizadamente tudo o que havia visto. 

-Mas onde estão as duas gotas de óleo que lhe confiei? - perguntou o Sábio. 
Olhando para a colher, o rapaz percebeu que as havia derramado. 

-Pois este é o único conselho que tenho para lhe dar - disse o mais Sábio dos homens. 

- O segredo da felicidade está em olhar todas as maravilhas do mundo, é aproveitar todas as coisas do mundo, mas jamais esquecer de seus objetivos.



( Fonte: Internet)

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Estamos todos na Fila

A cada minuto alguém deixa esse mundo pra trás.

Não sabemos quantas pessoas estão na nossa frente.
Não dá pra voltar pro “fim da fila”.
Não dá pra sair da fila.
Nem evitar essa fila.
Então, enquanto esperamos a nossa vez:

Faça valer a pena cada momento vivido aqui na Terra.
Tenha um propósito.
Motive pessoas!
Elogie mais, critique menos.
Faça um “ninguém” se sentir um alguém do seu lado.
Faça alguém sorrir.
Faça a diferença.
Faça amor.
Faça as pazes.
Faça com que as pessoas se sintam amadas.
Tenha tempo pra você.
Faça pequenos momentos serem grandes.
Faça tudo que tiver que fazer e vá além.
Viva novas experiências.
Prove novos sabores.
Não tenha arrependimentos por ter tentado além do que devia, por ter valorizado alguém mais do que deveria, por ter feito mais ou menos do que podia.
Tudo está no lugar certo.
As coisas só acontecem quando têm quem acontecer.
Releve.
Não guarde mágoas.
Guarde apenas os aprendizados.
Liberte o rancor.
Transborde o amor.
Doe amor.
Ame, mesmo quem não merece.
Ame, sem querer receber nada em troca.
Ame, pelo simples fato de você vibrar amor e ser amor.
Mas sempre, ame a si mesmo antes de qualquer coisa.

Esteja preparado para partir a qualquer momento.

Você não sabe seu lugar na Fila, então se prepare pra deixar aqui apenas boas lembranças. Suas mãos vão embora vazias.
Não dá pra levar malas, nem bens...
Se prepare DIARIAMENTE pra levar consigo, somente aquilo que tens guardado no coração.

                                  (Desconheço a autoria)

O MEDO DA INTELIGÊNCIA



O artigo que se segue tem mais de 40 anos. Foi escrito no extinto Jornal da Bahia (Brasil), em 1979. Mas parece que foi redigido hoje. O autor é José Alberto Gueiros.

Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar o seu discurso de estreia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembleia de vedetas políticas. O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal: 

"Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável. Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta." 

E ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pode dar ao pupilo que se inicia numa carreira difícil. A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas são medíocres e tem um indisfarçável medo da inteligência. Isso na Inglaterra. Imaginem aqui noutros países. Não é demais lembrar a famosa trova de Ruy Barbosa: 

"Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que às vezes fico pensando que a burrice é uma Ciência." 

Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições. Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder. Mas é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar. Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos. 

Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do Elogio da Loucura de Erasmo de Roterdam, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida. É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota automaticamente a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar. Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas, enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender. É um paradoxo angustiante. 

Infelizmente temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida. Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues: "Finge-te de idiota e terás o céu e a terra”. 

O problema é que os inteligentes não gostam de brilhar. Que Deus os proteja para que as cobras não os ataquem.

                                                                 in "JORNAL DA BAHIA" - Sábado, 23/09/79