domingo, 19 de dezembro de 2021

Um Conto Israelita



Diz um conto Israelita que:

"Um jovem foi visitar um sábio conselheiro e contou-lhe sobre as dúvidas que tinha à respeito de seus sentimentos por sua FAMÍLIA.
O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma coisa:
— Ame-a.
E logo se calou!
Disse o rapaz:
— Mas, ainda tenho as dúvidas...
— Ame-a, disse-lhe novamente o sábio!
E, diante do desconserto do jovem, depois de um breve silêncio, disse-lhe o seguinte:
— Meu filho, amar é uma decisão, não um sentimento!
Amar é dedicação e entrega; Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor!
O amor é um exercício de jardinagem!
Arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide.
Esteja preparado porque haverão pragas, secas ou excessos de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim.
Ame, ou seja, aceite, valorize, respeite, dê afeto, ternura, admire e compreenda.
Simplesmente Ame!!!
Sabes porque?
Porque a inteligência, sem amor, te faz perverso;
A justiça, sem amor, te faz implacável;
A diplomacia, sem amor, te faz hipócrita;
O êxito, sem amor, te faz arrogante;
A riqueza, sem amor, te faz avarento;
A docilidade, sem amor te faz servil;
A pobreza, sem amor, te faz orgulhoso; 
 A beleza, sem amor, te faz ridículo;
A autoridade, sem amor, te faz tirano;
O trabalho, sem amor, te faz escravo;
A simplicidade, sem amor, te deprecia;
A política, sem amor, te deixa egoísta;
E a vida sem amor... não tem sentido!


(Recebido  pela Internet sem identificação da autoria)



quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Tempo que foge!

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto de assembléias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos à limpo”. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.

Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética. Minha resposta será curta e delicada: – Gosto, e ponto final! Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.

Já não tenho tempo para ficar dando explicação aos medianos se estou ou não perdendo a fé, porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus. Caminhar perto dessas pessoas nunca será perda de tempo.


Obs. Poema que circula nas redes sociais com autoria atrbuida  erroneamente a Rubens Alves e ou Mário de Andrade. Na verdade é de autoria de Rubens Gondim

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

COMO NASCEM AS DOENÇAS...


Como nascem as doencas...
-Engole o choro!
-Engole sapo!
-Cala a boca!
-Cala o peito...
Mas o corpo fala, e como fala!
Fala a ponta dos dedos batendo na mesa...
Falam os pés inquietos na cama...
Fala a dor de cabeça.
Fala a gastrite, o refluxo, a ansiedade.
Fala o nó na garganta atravessado.
Fala a angústia, fala a ruga na testa.
Fala a insônia, o sono demasiado..
Você se cala, mas o falatório interno começa.
As pessoas adoecem porque cultivam e guardam as coisas não digeridas dentro de seus corações...
Expressar-se tranquiliza a dor!
Dor não é pra sentir pra sempre...
Dor é vírgula! Então faz uma carta, um poema, um livro.
Canta uma música.
Pega as sapatilhas, sapateia.
Faz piada, faz texto, faz quadro, faz encontro com amigos, nem que seja virtual...
Faz corrida no parque.
Fala pro seu analista, fala para Deus... se pinta de artista!
Conversa sozinho, papeia com seu cachorro, solta um grito pro céu, mas não se cale!!! Pois “se você engolir tudo que sente, no final você se afoga!”
Coração não é gaveta!
O corpo fala!


                (Desconheço o autor - caso o identifique será dado os devidos créditos).

terça-feira, 9 de novembro de 2021

Viva a amizade madura!


"A amizade madura é bem diferente daquela que eu imaginava anos atrás...
Eu, na minha infantilidade, pensava que amizade era estar sempre próxima, falar com frequência, dividir todas as estações. E que surpresa boa descobrir que não é necessariamente assim.
A amizade madura, por vezes, é justamente o oposto. Ela é livre de cobranças, não tem o peso das obrigações da vida.
A amizade madura escuta "já te ligo, ocupadíssima agora". E a ligação é retomada nove dias depois.
A amizade madura mantém contato diário ou some por anos.
Ela pode estar no reencontro inesperado "cara que saudades, viajei, fiz aquele curso de fotografia, casei, e você?".
A amizade madura sabe que há épocas na vida onde você dá, dá, dá, e outras onde você recebe, recebe, recebe, mas que, no final das contas, na longa jornada, a balança se alinha, porque a amizade madura se entende no consolo, na risada, na ausência, no abraço, no puxão de orelha.
Amizade madura é gostosa, fácil de levar.
A amizade madura está no "pô que sacanagem, por que você fez isso?".
E também no "desculpa, pisei na bola".
A amizade madura pode perdoar instantaneamente ou precisar de alguns anos para sarar.
A amizade madura mora na mensagem depois de tempos sem se falar: "ei, sonhei com você, tá tudo bem?".
A amizade madura respeita as diferentes fases da vida.
Há amigos com filhos, amigos solteiros, amigos que contam seus dia a dias, amigos que curtem suas viagens, amigos focados na carreira.
A amizade madura é aquela que revive recordações cada vez que se encontram: "Lembra aquela vez quando a gente __?". E as risadas rolam soltas e viram lágrimas de riso.
A amizade madura pode ser reservada, mas pode atingir níveis astronômicos de intimidade: "Lembra quando fiquei sem grana até pra comprar pão?".
A amizade madura se entrelaça na sua história, se mistura com sua essência. É especial porque é a mais livre dos arbítrios.
É escolher manter no coração alguém que, se não fosse pela amizade, seria apenas mais um estranho, destes que a gente vê no cruzamento.
Sim, a amizade madura é uma escolha, sem interesses, sem segundas intenções ou lenga lengas.
É uma decisão nossa, íntima.
E é isso que faz ela tão forte, que nem o tempo, nem a distância, e nem as curvas da vida conseguem apagar.



Texto de autoria de Rafaela Carvalho - Autora do best seller - 60 dias de neblina.  linktr.ee/rafaelaescritora





segunda-feira, 1 de novembro de 2021

CONSELHO DE UM ESPÍRITO AMIGO

''Tão rápido essa vida vai passar, a minha passou num piscar de olhos, sim você terá muitas outras, mas tudo que fizeres nessa respingará na próxima. Não brigue com as pessoas, não critique tanto seu corpo. Seja justo para que Deus te abençoe...
Não reclame tanto, você tem muito mais que muitos terão.
Não deixe de beijar seu amor, você não sabe quando será o último beijo de amor nessa atual existência... Bens e patrimônios devem ser conquistados por cada um, não se dedique a acumular herança, tudo que vem fácil é perdido fácil.
Deixe os cachorros mais por perto, eles são gotas do amor de Deus...
Use os talheres novos, não economize seu perfume preferido use-o para passear com você mesmo.
Gaste seu melhor sapato, repita suas melhores roupas, quando morrer nem tua roupa do caixão você escolherá... Se não é errado, por que não ser agora? Escute o coração, ele é a voz de Deus.
Por que não dar uma fugida?
Por que não orar agora ao invés de esperar para orar antes de dormir? E Não faça rezas ensaiadas pela boca, faça orações de amor, converse com Deus ao invés de apenas repetir palavras. Não transforme sua relação com Deus num ritual frio... Por que não ligar agora?
Por que não perdoar agora?
Espera-se muito o Natal, a sexta-feira, o outro ano, quando tiver dinheiro, quando o amor chegar, quando tudo for perfeito…
Olha, não existe o tudo perfeito.
O ser humano não consegue atingir isso porque simplesmente não foi feito para se completar aqui.
Aqui é uma oportunidade de aprendizado, apenas uma sala de aula das milhares que ainda terá que passar.
Então, aproveite este ensaio de vida eterna e faça cada segundo valer a pena! O universo te espera, mas o impulso para alcançares as estrelas será feito aqui…Ame mais, perdoe mais, abrace mais, viva mais intensamente. Seja luz e a luz sempre estará contigo!!''


Mensagem Espirita ( publicada em 31.10.21 às 21:44h ) no grupo do Facebook Chico Xavier, Luz e Amor.



domingo, 31 de outubro de 2021

Uma bela Aula de Português

" Vamos conversar com a tia. Não sou homofóbica, transfóbica, gordofóbica, não binario fóbica e o kralho a 4 que queiram inventar de fobias aí. Eu sou professora de português.
Eu estava explicando um conceito de português e fui chamada de desrespeitosa por isso (ué).
Eu estava explicando por que não faz diferença nenhuma mudar a vogal temática de substantivos e adjetivos pra ser "neutre".
Em português, a vogal temática na maioria das vezes não define gênero. 
Gênero é definido pelo artigo que acompanha a palavra. Vou mostrar pra vocês:
O motorista. Termina em A e não é feminino.
O poeta. Termina em A e não é feminino.
A ação, depressão, impressão, ficção. Todas essas palavras que terminam em ção são femininas, embora terminem com O.
Boa parte dos adjetivos da língua portuguesa podem ser tanto masculinos quanto femininos, independentemente da letra final: feliz, triste, alerta, inteligente, emocionante, livre, doente, especial, agradável, etc.
Terminar uma palavra com E não faz com que ela seja neutra.
A alface. Termina em E e é feminino.
O elefante. Termina em E e é masculino.
Como o gênero em português é determinado muito mais pelos artigos do que pelas vogais temáticas, se vocês querem uma língua neutra, precisam criar um artigo neutro, não encher um texto de X, @ e E.
E mesmo que fosse o caso, o português não aceita gênero neutro. Vocês teriam que mudar um idioma inteiro pra combater o "preconceito".
Meu conselho é: ao invés de insistir tanto na coisa do gênero, entendam de uma vez por todas que gênero não existe, é uma coisa socialmente construída. 
O que existe é sexo.
Entendam, em segundo lugar, que gênero linguístico, gênero literário, gênero musical, são coisas totalmente diferentes de "gênero". Não faz absolutamente diferença nenhuma mudar gêneros de palavras. Isso não torna o mundo mais acolhedor.
E entendam em terceiro lugar que vocês podiam tirar o dedo da tela e parar de falar abobrinha, e se engajar em algo que realmente fizesse a diferença ao invés de ficar arrumando pano pra manga pra discutir coisas sem sentido.
Tenham atitude! (Palavra que termina em E e é feminina). E parem de ficar militando no sofá. (Palavra que termina em A e é masculina).
Enfim, é isso."
(Isso é uma palavra neutra, sabiam?)

Ps. Para quem está usando da falácia de que a língua é viva e muda, saibam que evolução linguística não ocorre assim. Mudanças linguísticas ocorrem: em um longo período de tempo / em uma região específica / por uso da população / em pequenas mudanças.
O novo acordo ortográfico já causou polêmica por tirar alguns acentos. Imaginem mudar a base da língua portuguesa toda?

PPS - Estão compartilhando meu texto em grupos de direita. Eu não sou de direita. Não sou conservadora. Não sou contra a causa LGBT. Só estou mostrando que a língua portuguesa não é binária como vocês pensam, e que gênero não se define de forma tão simples assim.

PPPS - me chamaram a atenção para o fato de que, apesar de ser socialmente construído, gênero existe sim. Então vou reformular a frase: gênero existe, mas não é algo absoluto e não deveria ser um rótulo para ninguém. Sou a favor da abolição de gênero e uso apenas do sexo. Uma mulher de cabelo raspado não deixa de ser mulher e não precisa se sentir confusa. Não existe uma única maneira de ser mulher. Portanto, aprisionar-se a gêneros identitários não faz sentido pra mim. 
Isso não significa que eu odeie pessoas de gêneros diferentes. Eu só acho que deveria ser algo normal.


Texto escrito em 14.09.2020 por Vivian Mansano - Escritora extraido "Ipsis litteris" de sua conta
do Facebbok - https://www.facebook.com/101633141195897/posts/348377056521503/

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Juventude acumulada


Se observamos com cuidado, podemos detectar a aparição de uma nova faixa social que não existia antes: pessoas que hoje têm entre sessenta e oitenta anos.
A esse grupo pertence uma geração que expulsou da terminologia a palavra envelhecer, porque simplesmente não tem em seus planos atuais a possibilidade de fazê-lo.
É uma verdadeira novidade demográfica, semelhante ao surgimento da adolescência; na época, que também era uma nova faixa social, que surgiu em meados do século XX para dar identidade a uma massa de crianças desabrochando, em corpos adultos, que não sabiam, até então, para onde ir ou como se vestir.
Este novo grupo humano, que hoje tem cerca de sessenta, setenta ou 80 anos, levou uma vida razoavelmente satisfatória.
São homens e mulheres independentes que trabalharam durante muito tempo e conseguiram mudar o significado sombrio que tanta literatura latino-americana deu por décadas ao conceito de trabalho.
Longe dos tristes escritórios, muitos deles procuraram e encontraram, há muito tempo, a atividade que mais gostavam e na qual ganham a vida.
Supostamente é por isso que eles se sentem plenos; alguns nem sonham em se aposentar.
Aqueles que já se aposentaram desfrutam plenamente de seus dias, sem medo do ócio ou solidão, crescem internamente. Eles desfrutam do tempo livre, porque depois de anos de trabalho, criação dos filhos, carências, esforços e eventos fortuitos, vale bem a pena contemplar o mar, a serra e o céu.
Mas algumas coisas já sabemos que, por exemplo, não são pessoas paradas no tempo; pessoas de cinquenta, sessenta ou setenta, homens e mulheres, operam o computador como se tivessem feito isso durante toda a vida.
Eles escrevem e veem os filhos que estão longe e até esquecem o antigo telefone para entrar em contato com seus amigos para os quais escrevem e-mails ou mandam whatsapps.
Hoje, pessoas de 60, 70 ou 80 anos, como é seu costume, estão lançando uma idade que AINDA NÃO TEM NOME. Antes, os que tinham essa idade, eram velhos e hoje não são mais... hoje estão fisica e intelectualmente plenos, lembram-se da sua juventude , mas sem nostalgia, porque a juventude também é cheia de quedas e nostalgias e eles bem sabem disso.
Hoje, as pessoas de 60, 70 e 80 anos celebram o Sol todas as manhãs e sorriem para si mesmas com muita frequência ... Elas fazem planos para suas próprias vidas, não com as vidas dos demais.
Talvez, por algum motivo secreto que apenas os do século XXI conheçam e saberão, a juventude é carregada internamente.
A diferença entre uma criança e um adulto é, simplesmente, o preço de seus brinquedos.

Nota: Por favor, não guarde, passe adiante, sei que você tem uma juventude acumulada , não importa se são 60 s 70 s 80 ou mais ...


Obs .Texto atribuido a Sandra Pujol - recebido pelo Facebook. Desconhecemos o titulo original. Foi criado este titulos para esa  publicação não ficar sem titulo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Aprenda a nunca mais ser idiota...

A vida não pode ser só trabalhar e pagar conta. Seu relacionamento não pode ser somente cobranças e sexo. Seu relacionamento com seus filhos não pode ser só perguntar como foi a escola. Sua preocupação não pode ser somente suas finanças, sua academia e seu próximo apartamento. Os dias estão passando muito rápido, os celulares estão consumindo nossos preciosos minutos de conversas, de carinho e de risadas. Esse ano já vimos um jornalista dizer: chego em 10 minutos para almoçar e não chegou. Esse ano vimos um modelo tão entusiasmado para desfilar que o coração não aguentou. E agora, alguém que foi descansar no mar... e não volta mais pra casa. Organize sua vida colocando prioridades que realmente importam no seu dia a dia. Peça perdão, libere perdão, seja leve de espírito... beije na boca a quem você ama, abrace, conforte, chore junto, sorria mais ainda... Não gaste energia com quem não acrescenta na sua vida, não perca tempo abrindo a sua boca para falar o que não gostaria que falassem a você, a vida é muito curta para viver aborrecido. Brinque com seus filhos, com seu parceiro ou parceira, brinque com seus amigos, e divirta-se.... E busque ganhar dinheiro o suficiente somente para você ter segurança e um pouco de conforto, todo o resto é vaidade, é idiotice... um Dia a hora chega e quem viver, viveu....


Obs. Texto recebido pelas redes sociais (com autoria atribuida ao Padre Fábio de Melo) não confirmei!

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Quando me Amei

Quando me amei de verdade, compreendi que, em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento preciso.
E, então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome… AUTOESTIMA.

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia e meu sofrimento emocional não são, senão, sinais de que estou indo contra minhas próprias verdades.
Hoje sei que isso é… AUTENTICIDADE.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de… AMADURECIMENTO.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber porque é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa (talvez eu mesmo) não está preparada.
Hoje sei que o nome disso é… RESPEITO.

Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável: pessoas e situações, toda e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama… AMOR PRÓPRIO.

Quando me amei de verdade, deixei de me preocupar por não ter tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os mega-projetos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é… SIMPLICIDADE.

Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter a razão e, com isso, errei muitas menos vezes. Hoje descobri a… HUMILDADE.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é… PLENITUDE.

Quando me amei de verdade, compreendi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas, quando eu a coloco a serviço do meu coração, é uma valiosa aliada.
E isso é… SABER VIVER!

Não devemos ter medo de nos questionarmos… Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas.


                                                                     ( Charles Chaplin )

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Contato ou Conexão?

Um monge estava sendo entrevistado em Nova York.
O jornalista perguntou:
Em sua última conferência, o senhor falou sobre o tema: "Contato e Conexão". Poderia explicar melhor?
O monge sorriu e respondeu:
-Você é de Nova York?
-Sim ...
E quem está na sua casa agora?
O jornalista sentiu que o monge estava tentando evitar a questão com perguntas pessoais e injustificadas. Mesmo assim respondeu:
Minha mãe morreu, meu pai está lá sozinho.
Tenho três irmãos e uma irmã, todos casados
O Monge insistiu:
Você está falando com seu pai? Quando falou com ele pela última vez?
O jornalista, reprimindo seu aborrecimento, disse:
Talvez há um mês.
O monge voltou a perguntar:
E com seus irmãos?
Eles se frequentam com frequência? 
Quando você se encontrou pela última vez com um membro da família?
Parecia que o jornalista é que estava sendo entrevistado.
Com um suspiro, ele explicou:
No Natal dois anos atrás.
E por quantos dias ficaram juntos?
-Três dias...
-E ... Quanto tempo você passou com seu pai, sentado ao lado dele?
O jornalista, confuso e envergonhado, começou a rabiscar algo em um pedaço de papel ...
Vocês tomaram café da manhã, almoçaram ou jantaram juntos? Seus irmãos perguntaram como ele estava? Ou como você passou os dias após a morte de sua mãe?
Lágrimas escorriam dos olhos do jornalista.
O monge segurou-lhe a mão e disse:
Não fique constrangido, chateado ou triste. Lamento ter magoado você sem saber, mas esta é basicamente a resposta para sua pergunta "Contato e conexão".
Você tem "contato" com seu pai, mas não tem nenhuma "conexão" com ele.
Você não está "conectado" a ele.
A "conexão" é entre coração e coração: sentar junto, compartilhar refeições, cuidar um do outro, tocar, apertar as mãos, encontrar os olhos um do outro, passar tempo junto ...
Você, junto com seus irmãos e irmã, tem "contato", mas nenhuma "conexão".
Esta é uma realidade:
Seja em casa ou na sociedade, todos temos muitos “contatos”, mas pouca “conexão”.
Estamos todos ocupados em nosso próprio mundo.

                                                                       (Desconheço a autoria)

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Só quem vive bem os AGOSTOS é merecedor da Primavera!

Lembro-me bem. Foi quando julho se foi, que um vento mais gelado, mais destemperado, que arrastava ainda folhas deixadas pelo outono, me disse algumas verdades. Convenceu-me de que o céu começaria a apresentar metamorfoses avermelhadas. Que a poeira levantada por ele daria lições de que as coisas nem sempre ficam no mesmo lugar e que é preciso aceitar que a poeira só assenta depois que os redemoinhos se vão.

Foi quando julho se foi que a minha solidão me convidou para uma conversa. E me contou de tempo de esperas. E me disse que o barulho das árvores tinha algo a dizer sobre aceitação. E eu fiquei pensando como elas, as árvores, aceitam as estações que, se as estremecem, também lhes florescem os galhos. Mas tudo a seu tempo. Foi em agosto que descobri que os cachorros loucos são, na verdade, os uivos que não lançamos ao vento. São nossos estremecimentos particulares que a nossa rigidez de certezas não nos permite encarar.

O mês de agosto tem muito a ensinar. Porque agosto é mês jardineiro, é dentro dele, berço do inverno, que as sementes dormem. Aguardam seu tempo de brotar. Agosto é guardador da boa-nova, preparador de flores. Agosto é quando Deus deixa a natureza traduzir visivelmente o tempo das mutações.

Mude, diz agosto, em seu recado de sementes. Aceite, diz agosto, com seu jeito frio de vento que levanta poeira e a faz avermelhar o céu. Compartilhe, diz agosto. Agasalhos, sopas quentinhas, cafés com chocolate, abraços mais apertados – eles também aquecem a alma e aninham o corpo. Distribua mais afetos, que inverno é acolhimento, é tempo de preparar setembro. E, de setembro, todos sabemos o que esperar. Esperamos a arrebentação das cores, que com seus mais variados nomes vêm em forma de flores.

Vamos apreciar agosto, recebê-lo com o espanto feliz de quem não desafia ventos. Que ele desarrume e espalhe suas folhas e levante suas poeiras. Aceite as esperas, mas coloque floreiras na janela. Só quem vive bem os agostos é merecedor da primavera!

Miryan Lucy de Rezende
Escritora e Educadora Infantil

quinta-feira, 8 de julho de 2021

"Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muita, nos aproxima".

 

Um senhor de 70 anos viajava de trem, tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro de ciências .

O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia e estava aberta no livro de Marcos .

Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:

O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?

Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado?

Respondeu o jovem:

- Mas é claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda creem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.

- É mesmo? Disse o senhor.

E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia?

- Bem, respondeu o universitário, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe o seu cartão que lhe enviarei o material pelo correio com a máxima urgência.

O velho então cuidadosamente abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário.

Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu cabisbaixo sentindo-se a pior pessoa do mundo.

No cartão estava escrito: Professor Doutor Louis Pasteur, Diretor Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional  da França. E um pouco mais abaixo a frase estava escrito em letras góticas e em negrito:

"Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muita, nos aproxima".

Fato verídico ocorrido em 1892, integrante da biografia de Louis Pasteur...

Quanto tempo dura a raiva que você tem?

 



Quanto tempo dura a raiva que você tem?
Lembra de que enquanto durou,
Ela foi sua, e não de quem lhe causou.
Ter raiva de alguém é guardar algo do outro em si.
Eu sei que tem coisa difícil de engolir, até a gente perceber que os desaforos dos outros, também são deles, então, é com eles que vão ficar, Porque pra minha casa eu não vou mais levar.
Quantas vezes eu devolvi a grosseria para vencer a discussão,
Mas diante do espelho me sentia derrotado, por ter perdido a razão
É como se a gente fosse uma árvore que se alimenta do próprio fruto,
Mas também é responsável pela sombra que reflete diante da luz do outro.
Hoje em dia o meu ciclo é assim: Eu só recebo o que daria para mim,
Por isso eu estou aprendendo a supostamente perder por um momento para certamente vencer o arrependimento.
Eu sou aquele cara que esfria a cabeça e percebe que não devia ter falado, por saber que melhor maneira de encerrar uma briga é não ter nem começado, para não ficar abraçado ao passado,
Por não ter dado o braço a torcer.
Chega uma idade em que querer ser o dono da verdade é não ter amadurecido.
E só ter escolhido envelhecer.
Estar certo não é ter que provar que o outro está errado.
Pra mim ainda é complicado, mas a cada briga eu percebia que essa tal de valentia é questão de inteligência, enquanto o valente se debatia ensinava paciência.
Aquele que nos joga pedra está tentando agredir para dividir a ferida que carrega .
Quanto mais a gente entende isso mais se cura da própria dor.
É isso: aquele que não devolve na mesma moeda é porque sabe o seu valor.

                                               
                                                               ( Desconheço a autoria)

terça-feira, 1 de junho de 2021

O QUE A MEMÓRIA AMA, FICA ETERNO

              
Quando eu era pequena, não entendia o choro solto da minha mãe ao assistir a um filme, ouvir uma música ou ler um livro. O que eu não sabia é que minha mãe não chorava pelas coisas visíveis. Ela chorava pela eternidade que vivia dentro dela e que eu, na minha meninice, era incapaz de compreender.

O tempo passou e hoje me emociono diante das mesmas coisas, tocada por pequenos milagres do cotidiano.

É que a memória é contrária ao tempo. Enquanto o tempo leva a vida embora como vento, a memória traz de volta o que realmente importa, eternizando momentos. Crianças têm o tempo a seu favor e a memória ainda é muito recente. Para elas, um filme é só um filme; uma melodia, só uma melodia. Ignoram o quanto a infância é impregnada de eternidade.

Diante do tempo, envelhecemos, nossos filhos crescem, muita gente parte. Porém, para a memória, ainda somos jovens, atletas, amantes insaciáveis. Nossos filhos são crianças, nossos amigos estão perto, nossos pais ainda vivem.

Quanto mais vivemos, mais eternidades criamos dentro da gente. Quando nos damos conta, nossos baús secretos – porque a memória é dada a segredos – estão recheados daquilo que amamos, do que deixou saudade, do que doeu além da conta, do que permaneceu além do tempo.

A capacidade de se emocionar vem daí, quando nossos compartimentos são escancarados de alguma maneira. Um dia você liga o rádio do carro e toca uma música qualquer, ninguém nota, mas aquela música já fez parte de você – foi o fundo musical de um amor, ou a trilha sonora de uma fossa – e mesmo que tenham se passado anos, sua memória afetiva não obedece a calendários, não caminha com as estações; alguma parte de você volta no tempo e lembra aquela pessoa, aquele momento, aquela época...

Amigos verdadeiros têm a capacidade de se eternizar dentro da gente. É comum ver amigos da juventude se reencontrando depois de anos – já adultos ou até idosos – e voltando a se comportar como adolescentes bobos e imaturos. Encontros de turma são especiais por isso, resgatam as pessoas que fomos, garotos cheios de alegria, engraçadinhos, capazes de atitudes infantis e debilóides, como éramos há 20 ,30 ou 40 anos. Descobrimos que o tempo não passa para a memória. Ela eterniza amigos, brincadeiras, apelidos... mesmo que por fora restem cabelos brancos, artroses e rugas.

A memória não permite que sejamos adultos perto de nossos pais. Nem eles percebem que crescemos. Seremos sempre "as crianças", não importa se já temos 30, 40 ou 50 anos. Pra eles, a lembrança da casa cheia, das brigas entre irmãos, das estórias contadas ao cair da noite... ainda são muito recentes, pois a memória amou, e aquilo se eternizou.

Por isso é tão difícil despedir-se de um amor ou alguém especial que por algum motivo deixou de fazer parte de nossas vidas. Dizem que o tempo cura tudo, mas não é simples assim. Ele acalma os sentidos, apara as arestas, coloca um band-aid na dor. Mas aquilo que amamos tem vocação para emergir das profundezas, romper os cadeados e assombrar de vez em quando. Somos a soma de nossos afetos, e aquilo que amamos pode ser facilmente reativado por novos gatilhos: somos traídos pelo enredo de um filme, uma música antiga, um lugar especial.

Do mesmo modo, somos memórias vivas na vida de nossos filhos, cônjuges, ex-amores,nossos amigos, irmãos. E mesmo que o tempo nos leve daqui, seremos eternamente lembrados por aqueles que um dia nos amaram.


Texto atribuido recebido pelo WhatsApp com autoria atribuida a Adélia Prado - Poetisa, professora, filósofa, romancista e contista brasileira ligada ao Modernismo.
                                                                               

QUANDO OS PAIS ENVELHECEM, DEIXA-OS VIVER …


Deixa-os envelhecer com o mesmo amor que eles te deixaram crescer … 

Deixa-os falar e contar repetidamente as histórias com a mesma paciência e interesse que eles escutaram as tuas quando eras criança … 

Deixa-os vencer, como tantas vezes eles te deixaram ganhar … 

Deixa-os conviver com os seus amigos, conversar com os seus netos … 

Deixa-os viver entre os objetos que os acompanharam ao longo do tempo para não sentirem que lhes arrancas pedaços das suas vidas … 

Deixa-os enganarem-se, como tantas vezes tu te enganaste … 

DEIXA-OS VIVER e procura fazê-los felizes na última parte do caminho que lhes falta percorrer, do mesmo modo que eles te deram a mão quando iniciavas o teu.


 
                                                                                      (Desconheço a autoria)

Carta ao TEMPO


Olá Tempo!
Lembra-te de mim? Não deve lembrar né?
Você passou por mim voando e eu pouco percebi. Foi o meu espelho quem te denunciou.
Por que não me informou que eu seria seu passageiro nessa viagem? E por que você não me avisou que o futuro era um lugar incerto e imprevisível?
Hoje, na solidão dos meus dias, a saudade, a nostalgia, de vez em quando me transportam para o passado e eu me pego tentando encontrar respostas para perguntas que há muito deveria ter feito e não te fiz.
Cadê Irene? Para onde você a levou? Você pode até dizer: Ah! Irene foi uma paixãozinha de colégio, singela e frívola que não era correspondida. E dai? mas em contrapartida ela me enchia de fantasias. E não interessava se a aula era de história, português ou Geografia, foi ela quem me ensinou a conjugar os verbos amar e sonhar em todos os tempos verbais e hoje você me manda conjugar o verbo desiludir? Me recuso a atende-lo. A gente não se desilude do que deixa saudade, mas daquilo que deixa frustração.
Oh! Tempo ingrato, você passou e não me alertou que a vida tem poucos dos sonhos coloridos que eu teci na minha infância e que a felicidade se encontra na rusticidade e beleza de uma flor do campo ou na elegância e leveza do voo de um colibri. Impossível para quem não é flor ou não tem asas.
Oh! Intrépido tempo! não me venha insinuar que passaste igual para todo mundo, você não passou com a mesma intensidade, generosidade ou velocidade com que passou para mim. Devolva meus quinze anos que eu não vi passar e por isso não o vivi. Meus projetos para o futuro que não pude realizar, o namoro na pracinha, minha paixão por “zefinha” que me despertava desejos e teve o condão de me encantar. Você pode me dizer por onde ela anda ou como ela está?
Oh! Malvado tempo! Permita-me reencontrar Isabella, que eu a chamava de “bella” numa redundante comparação. Quero voltar a desfilar com ela nos blocos de carnaval, fantasiados de pierrot e colombina, namorar escondido na esquina, voltar ao Clube Intermunicipal e dançar de rosto colado ao som dos PholhasBe Gees ou Queen, que fizeram eu me apaixonar por ela e ela por mim.
Oh! Impávido tempo! li em algum lugar que você é o senhor da razão, mas não me deu razões para acreditar quando também me disseram que você cura todos os males pois deixou que algumas de minhas feridas sentimentais ficassem incicatrizáveis. Você corrói, destrói, muda as pessoas, leva amigos e sepulta amores. Sim, você corroeu alguns dos meus amores, destruiu minha beleza (desculpe a presunção), levou vários amigos e sepultou muitos dos meus dos desejos.
Oh! Tempo, tempo, tempo! Não tenho medo de você, tenho respeito, pois aprendi que, dependendo das circunstâncias, você pode ser remédio ou veneno, se tornar um aliado ou um inimigo, que não podes ser medido com uma régua nem calculado pelos ponteiros de um relógio, e que és impiedoso e cruel com os que insistem em alterar o teu ciclo ou abreviar o teu ritmo, mas você não pode voltar... e eu posso! Mas nem por isso vou continuar vivendo de saudade, porque, como bem disse-me um poeta: “saudade de amores ausentes não é saudade, é lembrança. Saudade só é saudade quando morre a esperança”. E meu coração, depois de todos esses anos, pode até não estar batendo no mesmo compasso, mas ainda sonha e acredita. Afinal, sonhos não têm prazo de validade e acredita que “O amor não faz o mundo girar, mas faz com que ele valha a pena” por isso eu vou continuar a buscá-lo, esteja ele, no passado, no presente ou no futuro!
Atenciosamente,
Jacinto Saudade Aquino Peito
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Escrito por Adenildo Aquino, para a coletânea CARTAS NÃO ESCRITAS, do Projeto Apparere que busca incentivar novos autores a publicarem seus contos, crônicas, prosas, poesias etc. O livro Coletânea CARTAS NÃO ESCRITAS será lançado dia 11.06.2021

terça-feira, 4 de maio de 2021

Haverei de te amar a vida inteira.

               

Haverei de te amar a vida inteira.
Mesmo unilateral o bem querer,
é forma diferente de se ter,
sem nada se exigir da companheira.

Haverei de te amar a vida inteira,
(não precisa aceitar, basta saber),
pois amor que faz bem e dá prazer
a gente vive de qualquer maneira.

Eu viverei de sonhos e utopias,
realizando as minhas fantasias,
tornando cada qual mais verdadeira.

Eu te farei presente em meus instantes.
Supondo que seremos sempre amantes,
haverei de te amar a vida inteira.



Autor: Ronaldo Cunha Lima (18.03.1936 - 07,07.2012) foi  um advogado,
promotor de justiça, professor, poeta e político braileiro) 

É bem melhor a gente nao se ver…


É bem melhor a gente não se ver!
A distância elimina cicatrizes
Do amor que morre mas que tem raízes
Que com o tempo também irão morrer.

O melhor que se faz é entender
Que separados seremos mais felizes.
Eu nunca saberei o que tu dizes
E o que eu digo jamais irás saber!

E quem sabe um dia, eu já velhinho,
A gente se encontre no caminho…
De todas as lembranças que guardei!

E você possa sem mágoas, sem desgosto,
Presentear-me com um beijo no rosto,
Me dizendo baixinho: já te amei...


Autor: Ronaldo Cunha Lima (18.03.1936 - 07,07.2012) foi  um advogado, 
promotor de justiça, professor, poeta e político braileiro) 

Não maldigo os versos que lhe fiz


Não maldigo os versos que lhe fiz,
embora não devesse tê-los feito.
São versos que nasceram do meu peito,
mas frutos de um amor muito infeliz.

São versos que guardam o que não quis
guardar daquele nosso amor desfeito.
Relendo-os sofro, e sofrendo aceito
o que o destino quis como juiz.

Não os maldigo, não. Não os maldigo.
Vou guardá-los em mim como castigo,
para no amor eu escolher direito.

Só porque nesse amor não fui feliz,
não maldigo os versos que lhe fiz,
embora não devesse tê-los feito.


Autor: Ronaldo Cunha Lima (18.03.1936 - 07,07.2012) foi  um advogado, 
promotor de justiça, professor, poeta e político braileiro) 

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Você pode ter defeitos, viver ansioso e...

  

Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. E você pode evitar que ela vá a falência. Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você.

Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões.

Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.

Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer “me perdoe”. É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”. É ter humildade da receptividade.

Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz. E, quando você errar o caminho, recomece. Pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.

Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.

                                
                          ( Trecho adaptado do livro "Dez leis para ser feliz", de Augusto Cury).

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Todos os meus pais

Eu era criança, terceiro de quatro filhos de uma família de classe média do interior do Rio Grande do Sul. Minha mãe, como se dizia na época, era “do lar”. Meu pai, advogado, político e professor. A infância foi consumida entre o colégio católico, brincar e ir para a praia no verão. De quando em vez, ficar na casa da minha avó materna. A autoridade dos meus pais era inquestionável, especialmente da minha mãe. Ambos pareciam sábios. Minha confiança era absoluta. Machucados, fome, compra de roupas, autorizações em geral? Favor dirigir-se ao balcão materno. Dúvidas de livros, pedidos de verba suplementar, questões vernáculas? O guichê era o paterno. O mundo era sólido, o amor parecia perfeito e tudo transcorria entre natais abundantes, ninhos de Páscoa, churrascos e a voz grave da babá com o original nome (verdade!) de... Zelosa. Fazia redações em maio e agosto sobre a perfeição dos pais.

Eu cresci ou mudaram os natais? Na adolescência, passei a me irritar com meu pai. “Você é filho do dr. Karnal?”, a frase obrigatória me perturbava na cidade pequena. Meu ser, em ebulição hormonal e descontrole, via defeitos enormes no homem que me gerara. Entre outros, graves, crime de lesa-pátria, erros hediondos: ele sempre fazia a sesta depois do almoço! Em outra ocasião, faltou a um recital de piano meu. Já imaginaram a gravidade disso? Deveria perder o então existente princípio do pátrio poder! Minha mãe me parecia invasiva e autoritária, sempre querendo saber de tudo. A comida e o dinheiro continuavam interessantes, mas os geradores dos bens não! Eu achava que os pais dos meus colegas de escola, em geral, pareciam melhores do que os meus.

Cresci. Entre a admiração cega da infância e a distância irrefletida da adolescência, surgiu a terceira geração de pais na minha consciência: seres humanos amorosos e com defeitos, a quem eu devia quase tudo. Morando fora, tinha saudade aguda de casa e da família. Um dia, olhando um velho relógio de pulso que meu pai me dera e que era dele havia décadas, chorei por muito tempo. Estudava longe e o frio do mundo aquecia a memória do lar.

Houve um quarto parto de pais. Eles envelheceram e foram amparados e cuidados por todos nós. Achaques da idade, declínios de memória, médicos em profusão, manias geriátricas: os quatro filhos viraram pais dos pais.

Na velhice deles, inverteu-se o curso do rio. Agora a água do afeto era para os dois. Os natais? Os aclamados e aguardados natais familiares eram organizados por nós. O objeto da nossa natividade? Eles. A parte chata (louça, cardápio, músicas, decoração e pagamentos) era nossa. A parte lúdica era deles. A cada celebração, muitas alegrias e uma pergunta velada: estarão aqui no ano que vem? A vida foi se tornando frágil e a chama da vela da existência parecia bruxulear.

Um dia, houve uma visita a um oncologista que determinou uma angustiante notícia e um horizonte de brevidade para meu pai. Foi devastador. Chegava o temido fim. Sete anos depois e infindáveis internações, apagou-se a vida da minha mãe.

Sem eles, emergiu a última memória e o derradeiro parto. Saudade forte, choros de quando em vez, humor nas lembranças e repetição de frases e hábitos. As lembranças tornaram-se cálidas. Toda vez que uso uma abotoadura do meu pai ou quando vejo uma foto da minha mãe, voltam-me universos dos muitos progenitores que eu tive, reunidos sob dois nomes apenas.

Os natais continuaram, as páscoas seguiram, os netos cresceram... Pais perfeitos, imperfeitos, humanos, canonizados, relembrados, reais, reinventados a cada nova curva da nossa biografia. Estão lá, sempre os mesmos e sempre diversos. As figuras variam de acordo com o grau dos óculos que utilizo e da minha vida que avança.

Como você, querida leitora, como você, estimado leitor, tive muitos pais e apenas dois. O recorte do amor é atemporal, a percepção dele depende do tempo.


Vi meus pais sob a luz forte do verão e no declínio do inverno. Penso neles com imenso amor no meu outono. Eram pais para todas as estações. Eles eram, afinal, o tronco que perde folhas, mas está sempre lá.

Várias vezes vi jovens fazendo o mesmo que eu fiz. Críticos dos pais, irritados, sentindo-se infelizes com idiossincrasias maternas ou paternas. Entendo perfeitamente. Aceito, igualmente, que a mangueira dará manga e que nunca estarei longe do pé ao cair da copa original. Sou o fruto de árvores genéticas e psíquicas. Tenho história, tenho biografia, tenho DNA e estrutura deles. E quando alguém rola, rola e rola para longe, irritado com as árvores geradoras, eu sorrio: vá florescer em outro sítio, querida manga rebelde. Faça tudo diferente e... gere mangas originais, só suas, absolutamente suas e... idênticas às frutas de onde você fugiu. Não é uma maldição. É um legado! A herança do amor. Apague tudo, delete o máximo possível, rasgue e queime lembranças: um sorriso afetivo de um casal continuará lá... Choro hoje, atravessado pela saudade e pela vontade enorme de um momento a mais com eles. Ah, se eu soubesse amar do jeito que fui amado! Boa semana para pais e filhos. Esta história nunca poderá ser reparada.



                                  Texto do Leandro Karnal, publicado no “Estadão”, edição de 14/03/21.

Reza de Mãe

 

Nem imagino onde eles estão agora.

Era mais fácil quando vestiam o pijama

e pediam a história do elefante azul.

Parece que restou um cheirinho de talco

na almofada do quarto;

deve ser só impressão…

Nesse tempo, eu não tinha medo da noite;

ela era o telhado dos poetas;

as sombras eram apenas a franja

mal aparada dos anjos.

A trava na porta me bastava.

Hoje, as camas vazias me assustam.

Elas acusam o passar das horas

e denunciam a revoada dos pardais,

os meus pardais.

Já não posso abrir minhas asas sobre eles.

São pequenas demais para cobri-los.

Ainda bem que me resta a prece,

minha aliada nos dias de nuvens e

nas madrugadas sem fim.

Peço perdão pela insistência,

mas reza de mãe é assim mesmo:

pura perseverança.

Que Deus abençoe minhas crianças

de barba na cara e calçado quarenta e dois

(o resto na vida é secundário e fica pra depois);

que as ilumine com Seu sorriso

e, se preciso, acione Seu séquito de estrelas

(se tiver de usá-las, prometo devolvê-las).

E quando o cansaço me quiser já recolhida,

hei de poder sorrir pela missão cumprida.




                                                                 (Flora Figueiredo in “Chão de Vento”)

terça-feira, 30 de março de 2021

A Tigela de Madeira



Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes. A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer.

Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa.

O filho e a nora irritaram-se com a bagunça. "Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai", disse o filho." "Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão." Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha.
Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação.

Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira. Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão.

O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio. Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança:

- "O que você está fazendo?" O menino respondeu docemente:
- "Oh, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer."

O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho.
Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos.
Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família. Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as refeições com a família.
E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um
garfo caía, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava.

Não importa o tipo de relacionamento que tenha com seus pais, você sentirá falta deles quando partirem.
De uma forma positiva, devemos aprender que não importa o que aconteça, ou quão ruim pareça o dia de hoje, a vida continua, e amanhã será melhor. Viver não é só receber, é também dar e se você procurar a felicidade, vai se iludir, mas, se focalizar a atenção na família, nos amigos, nas necessidades dos outros, no trabalho e procurar fazer o melhor, a felicidade vai encontrá-lo.



                                                                                         (Desconheço a autoria)

sábado, 27 de março de 2021

Dr. Nazareno

 

               Adriano  era um empresário bem sucedido que vivia em constante conflito existencial e espiritual.  Apesar de pertencer a uma família tradicionalmente católica, e parte de sua educação escolar ter sido em instituições com viés católico,  tinha muitas dúvidas  sobre a existência de uma divindade ou um ser superior.  Não frequentava  templos e não se imiscuía em  questões religiosas, não se assumia propriamente  ateu e declarava-se agnóstico, já que não possuía conhecimentos ou  evidências da existência de Deus. Era partidário  de uma corrente espiritual que pregava o materialismo e fazia questão de propagar nos  seus círculos sociais ser parte do grupo das pessoas declaradas sem religião – 12% da população mundial.

               Na parede de seu escritório, num quadro com moldura  fina e letras douradas,   destacava-se uma frase ateísta  sem identificação da autoria:  "Sabe o que acontece quando não se acredita em Deus? Nada!".  Para justificar seu ceticismo quanto à existência Divina, comentava que conhecia várias histórias para embasar essa incredulidade, como a de um amigo evangélico que perdeu um filho, vítima de um assalto  no caminho da escola para casa,  ao se recusar a entregar para o assaltante  o seu telefone celular, presente do avô quando completou 15 anos. A partir daí viu seu  amigo se desviar da religião e mudar a forma de ver Deus.  Comentava também que quando o cantor Cristiano Araújo sofreu o acidente e veio a falecer,  o pai dele, João Reis, lamentou a morte do filho e questionou a existência de Deus, já que orava todos os dias pedindo a companhia e proteção dEle nas viagens do Cristiano. Depois disso, passou a se perguntar: “Será que Deus existe?".

              Adriano levava uma vida sedentária, trabalhava até tarde da noite, e não se alimentava de  forma regular e saudável. Vida social e família ficavam em segundo plano.  Semana passada, após mais um dia de intensa atividade na empresa, passou mal: suava frio e sentia desconforto em um dos braços,  bem como náuseas e vômito – sintomas de infarto. Ligou para o seu médico que determinou de imediato a sua internação. Chamou o SAMU – Serviço de Atendimento Médico de Urgência que prestou os primeiros socorros e o conduziu ao hospital. Atendido com a urgência que a situação exigia, foram infrutíferas todas as tentativas de salvá-lo e, algumas horas depois, sem que os sinais vitais voltassem, a equipe médica se reuniu, chamou a família  e informou: 

               -  “ O coração não dá mais sinais de batimentos, está sem contratividade e não há mais nada que a medicina possa  fazer”.

               Enquanto se estava providenciado os protocolos para oficializar a  sua  morte,  chegou a informação de que o sr. Adriano  voltou a respirar. Houve correria, perplexidade e, constatado o fato, todos foram unânimes em afirmar:

             -   “ Só pode ser milagre de Deus! ” .

              Depois que o Adriano recebeu alta, visitei-o em sua casa ainda em processo de convalescência. Contou-me que depois que entrou na ambulância sua memória apagou, e somente  recobrou os sentidos numa cama hospitalar, numa sala com paredes brancas, muito iluminada, onde se ouvia em tom suave, uma música clássica que parecia ser tocada por uma harpa.

E continuou:

             -   “De repente entrou um senhor,  que diferentemente do  tradicional pijama cirúrgico na cor verde, estava vestido  com uma indumentária  religiosa toda branca. Na altura do seu peito esquerdo podia-se  ler:  Dr. Nazareno.   Colocou o estetoscópio no meu tórax, fez a auscultação dos meus  batimentos  cardíacos  e avisou-me  que as minhas  funções cardiovasculares estavam  normalizadas e iria autorizar a minha  alta. Senti naquele  momento um misto de alegria e satisfação”.    

              Contou-me  ainda que quando  estava de saída do hospital,  procurou pelo Dr. Nazareno para agradecê-lo, mas fora informado que não  havia nenhum médico registrado naquele hospital com este nome e ai seu sentimento foi de surpresa e comoção.   Ciente do seu ceticismo e incredulidade religiosa, evitei debater o  tema e fazer questionamentos sobre os tais relatos.

              Ontem, recebi o convite para assistir à uma missa de Ação de Graças pela sua total recuperação. Como ele havia retomado à sua rotina profissional, fui ao seu escritório para agradecê-lo  pelo convite e  externar minha satisfação em vê-lo recuperado  e contemplado com uma nova oportunidade de vida.

            - Você ainda tem dúvidas da existência de um ser superior?

           Quis perguntar, mas recuei quando percebi que a resposta estava bem ali na frente.  O mesmo quadro com moldura  fina e letras douradas agora ostentava uma nova frase: “ A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho" ( Salmos 119.105).

quinta-feira, 4 de março de 2021

“Está morrendo a geração de ferro, para dar passagem à geração de cristal"

 



Quem é a geração de ferro?

- Aqueles que chamávamos de “senhor” e “senhora”, porque “você” é para “seus amiguinhos”.

- A geração que não estudou porque precisava trabalhar para ajudar os pais, depois para realizar o sonho da casa própria, sustentar a família... mas chorou de emoção e orgulho na formatura dos filhos.

- A geração que antes da 22:00h colocava todo mundo na cama, ajeitava o cobertor, dava um beijo de boa noite depois de rezar junto, porque “ninguém deve dormir sem rezar, não somos bichos.”

- Aqueles que nunca viram uma carreira de cocaína, nem precisavam de comprimidos, ou energéticos para rir e dançar a noite inteira, mas não ousavam tomar manga com leite.

- E ninguém saía, ou entrava em casa sem “a bênção”... e isso fazia toda diferença.

- A geração que nunca sonhou com a Disneylândia, porque divertido mesmo era ficar na calçada com os vizinhos, contando causos enquanto ficavam “de olho nas crianças”.

- A geração que guardava o troco de moedas no cofrinho, mas não economizava nas festas de aniversário – um bolo, sanduiche, brigadeiro e suco. Sem DJ, só o som das crianças brincando e a risada dos parentes e amigos.

- A geração que anotava as dívidas na caderneta e ansiava pelo dia do pagamento para quitar todas as dívidas, porque “esse dinheiro não é meu”.

Está morrendo a geração que pagou para ver; bancou os seus sonhos e sonhou os sonhos dos filhos; sorvete era para dias especiais e comer arroz e feijão era a regra para crescer forte, porque "saco vazio não pára em pé.".

- A geração que fez do trabalho o objetivo de vida, não soube o que eram férias e passear na praça com os amigos era uma aventura deliciosa, que rendia incontáveis fofocas e segredos.

- A geração que sempre deixou o último bolinho para os filhos, mas amargou a saudade e o medo, quando esses filhos não tiveram mais tempo para eles.

- A geração que pagou todas as contas, mas não imaginou que envelhecer seria tão caro e os filhos não estariam dispostos a dividir essa conta.

- A  geração que soube arrancar comida e esperança de pedra, para cuidar da família, mas esqueceu de cuidar de si mesmo.

- A geração que sem estudos educou seus filhos. Aquela que, apesar da falta de tudo, nunca permitiu que faltasse o indispensável em casa.

Aquela que ensinou valores, começando por amor e respeito. As pessoas que ensinavam aos homens o valor de uma mulher. E às mulheres o respeito pelos homens.

Estão morrendo os que podiam viver com poucos luxos sem se sentir frustrados com isso. Aqueles que trabalharam desde tenra idade e ensinaram o valor das coisas, não o preço.

Estão morrendo os que passaram por mil dificuldades e sem desistir nos ensinaram a viver com dignidade. Aqueles que depois de uma vida de sacrifícios e agruras vão com as mãos enrugadas, mas a testa erguida. A geração que nos ensinou a viver sem medo está morrendo.

Ela está morrendo, A geração que nos deu a vida



(Desconheço a autoria)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Quanto tempo dura a raiva que você tem?

 

Lembra de que enquanto durou,
Ela foi sua, e não de quem lhe causou.
Ter raiva de alguém é guardar algo do outro em si.
Eu sei que tem coisa difícil de engolir, até a gente perceber que os desaforos dos outros, também são deles, então, é com eles que vão ficar, Porque pra minha casa eu não vou mais levar.
Quantas vezes eu devolvi a grosseria para vencer a discussão,
Mas diante do espelho me sentia derrotado, por ter perdido a razão
É como se a gente fosse uma árvore que se alimenta do próprio fruto,
Mas também é responsável pela sombra que reflete diante da luz do outro.
Hoje em dia o meu ciclo é assim: Eu só recebo o que daria para mim,
Por isso eu estou aprendendo a supostamente perder por um momento para certamente vencer o arrependimento.
Eu sou aquele cara que esfria a cabeça e percebe que não devia ter falado, por saber que melhor maneira de encerrar uma briga é não ter nem começado, para não ficar abraçado ao passado,
Por não ter dado o braço a torcer.
Chega uma idade em que querer ser o dono da verdade é não ter amadurecido.
E só ter escolhido envelhecer.
Estar certo não é ter que provar que o outro está errado.
Pra mim ainda é complicado, mas a cada briga eu percebia que essa tal de valentia é questão de inteligência, enquanto o valente se debatia ensinava paciência.
Aquele que nos joga pedra está tentando agredir para dividir a ferida que carrega .
Quanto mais a gente entende isso mais se cura da própria dor.
É isso: aquele que não devolve na mesma moeda é porque sabe o seu valor.



Recebido pelo WhatasApp - sem identificação da autoria

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Gratidão x Ingratidão



Um famoso escritor estava em sua sala de estudo. Pegou a caneta e começou a escrever:
No ano passado precisei fazer uma cirurgia para a retirada da vesícula biliar. Tive que ficar de cama por um bom tempo.
Nesse mesmo ano, cheguei a idade de 60 anos e tive que renunciar ao meu trabalho favorito. Havia permanecido 30 anos naquele editorial.
No mesmo ano, experimentei a dor pela morte de meu pai e meu filho fracassou em seu exame médico porque teve um acidente de automóvel e ficou hospitalizado por vários dias. A destruição do carro foi outra perda.
Ao final escreveu:

“FOI UM ANO MUITO MAU!”

Quando a esposa do escritor entrou na sala, o encontrou triste em meio aos seus pensamentos. Por trás dele, leu o que estava escrito no papel.
Saiu da sala em silêncio e voltou com outro papel que colocou ao lado do papel de seu marido.
Quando o escritor viu o papel, encontrou escrito o seguinte:

No ano passado finalmente me desfiz de minha vesícula biliar, depois de passar anos com dor.
Completei 60 anos com boa saúde e me retirei do meu trabalho. Agora posso utilizar meu tempo para escrever com maior paz e tranquilidade.
No mesmo ano, meu pai, com a idade de 95 anos, sem depender de nada e sem nenhuma condição crítica, conheceu seu Criador.
No mesmo ano, Deus abençoou o meu filho com uma nova oportunidade de vida. Meu carro foi destruído, mas meu filho ficou vivo sem nenhuma sequela.
Ao final, ela escreveu:

“ESSE ANO FOI UMA GRANDE BENÇÃO!”


Eram os mesmos acontecimentos, mas com pontos de vista diferentes.
Se refletirmos bem, temos inúmeras razões para ser gratos a Deus.
Não é a FELICIDADE que nos torna GRATOS, mas, sim, a GRATIDÃO que nos faz FELIZES!
Sempre há algo para agradecer!
Você escolhe como escrever sua história!




                                                                                    (Desconheço a autoria)