segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Não envelheça!



"Você está envelhecendo, me disseram, você deixou de ser você, está ficando amargo e solitário!"

"Não,... eu respondi, não estou envelhecendo, estou ficando sábio."

Deixei de ser o que os outros gostam, para me tornar o que gosto de ser. Parei de buscar a aceitação dos outros. Para me aceitar, eu deixei para trás os espelhos mentirosos que enganam impiedosamente.

Não, não estou envelhecendo, estou me tornando assertivo, seletivo em relação a lugares, pessoas, costumes e ideologias.

Abandonei apegos, dores desnecessárias, pessoas, almas e corações; Não é por amargura, é simplesmente por causa da saúde.

Desisti das noites de festa por causa da insônia, parei de viver histórias e comecei a escrevê-las. Deixei de lado os estereótipos impostos.
Parei de usar maquiagem para esconder minhas feridas, agora carrego um livro que embeleza minha mente e minha alma.

Troquei taças de vinho por xícaras de café, esqueci de idealizar a vida e comecei a vivê-la.

Não, não estou envelhecendo, porque carrego o frescor na alma, e no coração a inocência de quem se descobre diariamente.

Carrego nas mãos a ternura de um casulo que, ao ser aberto, expandirá suas asas para outros lugares inacessíveis, para quem busca apenas a frivolidade das coisas materiais.

Carrego no rosto o sorriso que escapa maliciosamente ao observar a simplicidade da vida, da natureza, carrego nos ouvidos o chilrear dos pássaros alegrando meu caminhar.

Não, não estou envelhecendo, estou ficando seletivo, apostando meu tempo no intangível. Reescrevendo a história que um dia me contaram, redescobrindo mundos, resgatando aqueles livros antigos que esqueci no meio.

Estou ficando mais cauteloso, parei as explosões que nada ensinam. Estou aprendendo a falar de coisas transcendentes, estou aprendendo a cultivar conhecimentos, estou semeando ideais e forjando meu destino.

Não, não é que estou envelhecendo por dormir cedo aos sábados, é que aos domingos também é preciso acordar cedo, tomar um café sem pressa e ler com calma uma coletânea de poemas.

Não é por causa da velhice que andamos devagar, é para observar a falta de jeito de quem anda com pressa e tropeça no descontentamento.

Não é por causa da velhice que as pessoas às vezes permanecem caladas, é simplesmente porque nem todas as palavras precisam ser ecoadas.

Não, não estou envelhecendo, agora estou começando a viver o que realmente me interessa.


 
 (Texto atribuído ao dramaturgo, poeta e romancista francês, Victor Hugo) 


terça-feira, 12 de novembro de 2024

A Maleta


Um homem morreu. Ao se dar conta, viu que Deus se aproximava e tinha uma maleta com Ele. E Deus disse:

- Bem, filho, hora de irmos.

O homem assombrado perguntou:

- Já? Tão rápido?

Eu tinha muitos planos...

- Sinto muito, mas é o momento de sua partida.

- O que tem na maleta? Perguntou o homem.

E Deus respondeu:

- Os seus pertences!!!

- Meus pertences? Minhas coisas, minha roupa, meu dinheiro? Deus respondeu:

- Esses nunca foram seus, eram da terra.

- Então são as minhas recordações?

- Elas nunca foram suas, elas eram do tempo.

- Meus talentos?

- Esses não pertenciam a você, eram das circunstâncias.

- Então são meus amigos, meus familiares?

- Sinto muito, eles nunca pertenceram a você, eles eram do caminho. - Minha mulher e meus filhos?

- Eles nunca lhe pertenceram, eram de seu coração.

- É o meu corpo.

- Nunca foi seu, ele era do pó.

- Então é a minha alma.

- Não! Essa é minha. Então, o homem cheio de medo, tomou a maleta de Deus e ao abri-la se deu conta de que estava vazia... Com uma lágrima de desamparo brotando em seus olhos, o homem disse:

- Nunca tive nada?

- É assim, cada um dos momentos que você viveu foram seus. A vida é só um momento. Um momento só seu! Por isso, enquanto estiver no tempo, desfrute-o em sua totalidade. Que nada do que você acredita que lhe pertence o detenha. Viva o agora! Viva sua vida! E não se esqueça de SER FELIZ, é o único que realmente vale a pena!

As coisas materiais e todo o resto pelo que você luta fica aqui. Você não leva nada!

Valorize àqueles que valorizam você, não perca tempo com alguém que não tem tempo para você.


                                                                      (Desconheço a autoria)

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

NOVA CASA

 

Meu amigo Luiz está se mudando. Mês que vem deixa a casa dos 70 e de mala e cuia se muda para a casa dos 80. Luiz pretende viver uns bons anos na nova casa, mais próxima do fim da rua.

Ele sabe que estou morando lá há mais de dois anos e perguntou-me se gostei da mudança. Ora, não se tratou de gostar ou não. Terminou meu tempo na casa dos 70 depois de 10 anos, e saí feliz porque podia ter sido despejado antes do final do contrato.

Assim como a casa dos 20 lembra uma universidade, a casa dos 60, um posto do INSS, a casa dos 80 lembra uma clínica geriátrica. Lembrava! Quando entrei na casa a primeira surpresa foi vê-la cheia de “cabeças brancas”. Na época da minha avó alcançar a casa dos 80 era uma façanha olímpica, para poucos. A segunda e maior surpresa foi ver a “rapaziada”, pulando, malhando, correndo, namorando, como se não houvesse amanhã.

De uns anos para cá a casa dos 80 foi aumentada com vários puxadinhos, para abrigar tanta gente. E não é só! Da minha janela vejo que estão reformando a casa vizinha que estava caindo aos pedaços, a casa dos 90.

Disse ao meu amigo que a casa dos 80 tem um estilo anos 40, estilo vintage, pé direito alto, esquadrias em arco, piso de tacos de madeira, cadeiras de palha e uma imponente cristaleira. Claro que precisa de cuidados e manutenção constante, muito mais do que a casa dos 30, para evitar rachaduras e infiltrações. Em compensação, amigos, tem a mais bela vista do Passado.


Autor: Carlos Eduardo Novaes (advogado, cronista, romancista, contista e dramaturgo brasileiro)

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Taxa para bater na porta

Uma das casas onde entrego jornais tinha a caixa de correio bloqueada, então bati na porta.

Sr. David, um homem idoso de passagem hesitante, abriu lentamente a porta.

Perguntei-lhe: "Senhor, por que a sua caixa de correio está bloqueada? "

Ele respondeu: "Bloqueei-o de propósito".

Ele sorriu e continuou: "Quero que você me entregue o jornal todos os dias... Por favor, bata à porta ou toque à campainha e entregue pessoalmente."

Fiquei perplexo e respondi: "Claro, mas isso parece um inconveniente para ambos e uma perda de tempo".

Ele disse: "Tudo bem... Pago-te mais todos os meses como taxa para bater à porta."

Com uma expressão suplicante, acrescentou: "Se alguma vez chegar o dia em que você bater à porta e não encontrar resposta, chame a polícia! ".

Fiquei surpreso e perguntei: "Por que senhor? "

Ele respondeu: "Minha esposa faleceu, meu filho está no exterior e eu moro aqui sozinho, quem sabe quando chegará minha hora? ".

Nesse momento, eu vi os olhos úmidos e nublados do velho.

Ele também disse: "Nunca leio jornal... Eu me inscrevo apenas para ouvir o som dos batidos ou a campainha da porta; para ver um rosto familiar e trocar algumas piadas".

Juntou as mãos e disse: "Jovem, faça-me um favor! Aqui está o número de telefone do meu filho no exterior. Se um dia você bater na porta e eu não atender, ligue para meu filho para informar... ".

Depois de ler isto, percebi que há muitas pessoas idosas, solitárias e solitárias entre o nosso círculo de amigos.

Às vezes, você se pergunta por que eles, na sua idade avançada, ainda enviam mensagens no WhatsApp, como nos tempos em que eles ainda estavam trabalhando.

Na verdade, o significado destas saudações matinais e vespertinas é semelhante ao significado de tocar ou tocar à campainha; é uma forma de desejar segurança e de transmitir cuidado.

Hoje em dia, o WhatsApp é muito conveniente e não precisamos mais assinar para comprar jornais.

Se você tiver tempo, ensine seus familiares idosos a usar o WhatsApp!

Um dia, se você não receber seus cumprimentos matinais ou itens compartilhados, é possível que ele não se encontre bem ou algo lhe tenha acontecido.

Por favor, cuide dos seus amigos e família. Depois de ler isso, entendi profundamente o significado que nossas mensagens de WhatsApp têm entre nós.

Então, meus amigos, não nos esqueçamos de dar bom dia, não é só por educação, é também dizer aos amigos, colegas e familiares que ainda estamos aqui, é também poder compartilhar momentos para conversar ou sorrir com as ocorrências, e finalmente é um momento para dizer que eu preciso conversar e ouvir.



                                                           Desconheço a autoria

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sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Ninguém é insubstituível

Sala de reunião de uma multinacional; o CEO nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: 'ninguém é insubstituível’.

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta e o CEO se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E o Beethoven?
- Como? – o CEO encara o gestor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível; e quem substitui o Beethoven?

Silêncio.

Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal, as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo, continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que quando sai um é só encontrar outro para pôr no lugar.


Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Dorival Caymmi? Garrincha? Michael Phelps? Santos Dumont? Monteiro Lobato?Faria Lima? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso?

Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem – ou seja – fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim, insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento das suas equipes focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar 'seus gaps'.

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi, preguiçoso, Kennedy, egocêntrico, Elvis, paranóico.

O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

Cabe a todos da organização mudar o olhar sobre as equipes e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso dos projetos.

Se você ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bundchen por ter nariz grande...............
E na sua gestão o mundo teria perdido todos esses talentos...

Boa reflexão!


 AutoraCélia Spangher Headhunter e Consultora da área de Desenvolvimento Humano com foco em Pessoas & Negócios, contribuindo com equipes de alta performance, em diversos segmentos ...

terça-feira, 2 de julho de 2024

Três Estágios de Eliminação na Vida

                                                                     

Aos 60 anos o local de trabalho elimina você. 

Não importa o quão bem-sucedido ou poderoso você foi durante sua carreira, você voltará a ser uma pessoa comum.

Portanto, não se apegue à mentalidade e ao senso de superioridade do seu trabalho anterior, deixe de lado o seu ego, ou você pode perder a sua tranquilidade!

Aos 70 anos a sociedade gradualmente elimina você.

Os amigos e colegas que você costumava encontrar e socializar se tornam cada vez menos, e dificilmente alguém o reconhece no seu antigo local de trabalho.

Não diga, "Eu costumava ser..." ou "Eu era..."

porque a geração mais jovem não o conhecerá, e você não deve se sentir desconfortável com isso!

Aos 80/90, a família lentamente elimina você.

Mesmo que você tenha muitos filhos e netos, na maior parte do tempo você estará vivendo com seu cônjuge ou sozinho. Quando seus filhos visitam ocasionalmente, é uma expressão de afeto, então não os culpe por virem menos frequentemente, pois eles estão ocupados com suas próprias vidas!

Depois dos 90, a Terra quer eliminar você.

Nesse ponto, não fique triste ou desanimado, pois esse é o curso natural da vida e todos eventualmente seguirão esse caminho!

Portanto, enquanto nossos corpos ainda são capazes, viva a vida ao máximo!

Coma o que você quiser, beba o que desejar, brinque e faça as coisas que você ama.

Lembre-se, a única coisa que não vai eliminar você é o grupo do Whatsapp e a  Receita Federal.

Então, comunique-se mais no grupo, ande de moto e mantenha sua presença nos encontros.

 

 

( Desconheco o Autor deste texto)!

 

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Alguns Mitos sobre o Amor

O amor não ilumina o seu caminho.         

O nome disso é poste!

O amor não é aquilo que supera barreiras.
O nome disso é gol de falta.

O amor não traça o seu destino.
O nome disso é GPS.

O amor não te dá forças para superar os obstáculos.
O nome disso é tração nas quatro rodas.

O amor não mostra o que realmente existe dentro de você.
O nome disso é endoscopia. (rolei de rir! )

O amor não atrai os opostos.
O nome disso é imã.

O amor não é aquilo que te deixa sem fôlego.
O nome disso é asma.

O amor não é aquilo que te faz perder o foco.
O nome disso é miopia.

O amor não é aquilo que te deixa maluco, te fazendo provar várias posições na cama.        Isso é insônia.

O amor não faz os feios ficarem pessoas maravilhosas.
O nome disso é dinheiro.

O amor não é o que o homem faz na cama e leva a mulher à loucura.
O nome disso é esquecer a toalha molhada.

O amor não faz a gente enlouquecer, não faz a gente dizer coisas pra depois se arrepender. O nome disso é vodka.

O amor não faz você passar horas conversando no telefone.
O nome disso é promoção da Tim, Oi, Vivo ou Claro

O amor não te dá água na boca.
O nome disso é bebedouro.

Amor não é aquilo que, quando chega, você reza para que nunca tenha fim.
Isso é férias.

O amor não é aquilo que entra na sua vida e muda tudo de lugar.
O nome disso é empregada nova

O amor não é aquilo que gruda em você mas quando vai embora arranca lágrimas.
O nome disso é cera quente.




Desconheço a autoria!

quinta-feira, 13 de junho de 2024

TRAGÉDIAS DE ANTIGAMENTE



1. Quando as fichas acabavam no meio da ligação feita do orelhão.
2. A agulha riscava o LP ( Long Play) bem na melhor música.
3. Você datilografava errado as duas últimas palavras da página e não tinha fita corretiva de  para consertar os erros datilográficos.
4 A fita do Atari (vídeo games) não funcionava nem depois de você assoprar.
5. O locutor falava as horas ou soltava uma vinheta bem no meio da música que você havia passado horas esperando pra gravar na fita K7 e depois o toca-fitas mastigava a fita K7.
6. O locutor não falava o nome da música quando ela terminava e você ficava meses sem saber quem cantava ou como chamava aquela música que você tinha amado.
7. Era comum se fumar dentro dos ônibus mesmo com aviso de Proibido Fumar.
8. Você tinha que pagar multa ao devolver a fita de vídeo VHS para a locadora se não estivesse rebobinada.
9. O K-Suco vazava da garrafinha da sua lancheira e molhava as bisnaguinhas com patê.
10. Quando as pilhas descarregavam, as colocavam no congelador tentando conseguir uma recargazinha para voltar a usa-las. 
11. Se copiava as letras das músicas em inglês tudo errado depois descobria, no folheto da Fisk, que estava tudo errado mesmo, mas já era tarde, pois você já tinha decorado errado (e canta errado até hoje).
12. Mesmo riscando com todo cuidado, quando levantava o papel via que o bichinho do decalque do Chiclete Ploc tinha saído sem uma perninha.
13. A televisão resolvia sair do ar no dia do último capítulo da novela e seu pai tinha que subir no telhado pra mexer na antena. Ele gritava lá de cima “melhorou?” e você, embaixo, respondia: “melhorou o 5, o 7 e o 9. Piorou o 4, o 11 e o 13”. Nunca os canais ficavam todos bons ao mesmo tempo.
14. Chegar à padaria e lembrar que você tinha esquecido o “casco” ( vasilhame) do refrigerante.
15. Você descobria que todas as 36 fotos do seu aniversário tinham ficado desfocadas e algumas tinham queimado, porque o rebobinador da câmera estava meio enguiçado.
16. Sempre sobrava só o lápis branco da caixa de 36 cores.
17. Você pensava que ia morrer porque engoliu uma bala Soft.


Fomos uma geração escolhida a dedo, para vivermos uma era abençoada e feliz!                  E nem faz tanto tempo assim (35 a 40 anos),






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sexta-feira, 24 de maio de 2024

Transa Gramatical

 

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um  maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.

O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos.

Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e para justamente no andar do substantivo.

Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.  

Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula; ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo.

É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.

Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente.

Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história. Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto.

Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.

O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.


Nota do Blog:  Recebi este texto como tendo sido uma redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE Universidade Federal de Pernambuco - (Recife), que venceu um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa sem informações da data e nem do nome da autora (que neurônios privilegiados).Caso consiga descobrir,  atualizarei esta postagem.  

 

Decifra-me ou Devoro-te

 


Diz uma antiga lenda grega que a deusa Hera enviou a Esfinge (uma besta com cabeça de mulher, asas e corpo de animal) para atormentar os moradores da cidade de Tebas. A Esfinge cruzava o caminho de todos os que se aproximavam da cidade e formulava um enigma para o viajante. Quem errava o enigma era devorado pelo monstro. Um dia, Édipo cruzou com a Esfinge, que lhe propôs o seguinte enigma: “O que durante a manhã tem quatro pernas, ao meio-dia tem duas e à noite tem três?” Édipo respondeu corretamente e a Esfinge ficou tão furiosa que se lançou num precipício. Graças à façanha de derrotar a Esfinge, Édipo tornou-se rei de Tebas e ganhou a mão da rainha enviuvada, sua própria mãe.

Mas e se você estivesse no lugar de Édipos, o que você responderia? O enigma é: “O que durante a manhã tem quatro pernas, ao meio-dia tem duas e à noite tem três?“.



Resposta O homem!  No início da vida (manhã) ele "engatinha" ( tem quatro pernas) no decorrer da vida ( meio-dia), anda normalmente com suas duas pernas e na velhice ( à noite) tem três pernas ( usa bengala)!



terça-feira, 30 de abril de 2024

O engano do Psicólogo

 

Certa vez um psicólogo
Atendeu um cidadão
Se dizendo acometido
De uma grande depressão.
Cabisbaixo, pessimista,
Conta ao especialista
A sua situação.
 
- Doutor, não estou prestando
Pra mais nada nesta vida.
Tudo pra mim é tristeza.
A minha única saída
É o cigarro, eu assumo.
Em poucas horas eu fumo
Não sei quantos em seguida.
 
O psicólogo falou:
- Seu estresse é violento.
Você tome esses remédios,
Mas pra ficar cem por cento,
Eu não lhe engano, porque,
Depende mais de você
Do que do medicamento.
 
- Onde tiver uma festa
Vá pra ver se muda o clima.
Quem sabe você por lá
Não se distrai, não se anima...
E volta a ser o que era.
Aí você recupera
Toda a sua autoestima.
 
- Inclusive estou sabendo
Que está aqui na cidade
Um circo cujo espetáculo
É de ótima qualidade.
Você deveria ir,
Que além de se divertir
Sai da ociosidade.
 
- Tem o palhaço Biriba,
O melhor da companhia.
Vá assisti-lo de perto,
Veja quanta simpatia
Em cima do picadeiro,
Transformando o circo inteiro
Em um mundo de alegria.
 
- Vá com a sua família,
Convide os seus camaradas.
Vá ver Biriba contando
Engraçadíssimas piadas,
Que mesmo assim depressivo
Você vai achar motivo
Pra dar boas gargalhadas.
 
- Doutor, o senhor não sabe
O que foi que aconteceu!
Com todos estes conselhos,
Que agora o senhor me deu,
Aumentou minha tortura...
Doutor, meu mal não tem cura
Pois o palhaço sou eu.




Autor: Jorge Macêdo - Repentista, Cordelista, Declamador e Compositor Cearense.

A vida precisa do vazio


A lagarta dorme num vazio chamado casulo até se transformar em borboleta.
A música precisa de um vazio chamado silêncio para ser ouvida.
Um poema precisa do vazio da folha de papel em branco para ser escrito.
E as pessoas, para serem belas e amadas, precisam ter um vazio dentro delas.
Muitos acham o contrário; pensa que o bom é ser cheio.
Essas são as pessoas que se acham cheias de verdades e sabedoria e falam sem parar.
São chatas, quando não são autoritárias.
Bonitas são as pessoas que falam pouco e sabem escutar.
A essas pessoas é fácil amar.
Elas estão cheias de vazio.
E é no vazio da distância que vive a saudade.




(Desconheço a Autoria)

domingo, 17 de março de 2024

Celebração da Vida

Será que a despedida final precisa ser sempre triste e solitária?

Quem já se despediu de um amor, de alguém muito querido, certamente irá dizer que é uma situação muito difícil.

Dependendo do gênero de morte, o instante do adeus se reveste de um ar de tristeza indescritível.

Alguns nunca superam essa experiência, chegando a carregar aquele sentimento em forma de trauma por toda sua vida.

Que tal pararmos para pensar: Precisa ser assim?

Isso está tão arraigado em nossas crenças pessoais e também em nossa cultura que nem sequer pensamos que possam haver outros caminhos, outras formas de encarar esse momento.

No México, por exemplo, o momento da partida é visto como uma libertação de tudo aquilo que não é relevante na vida, uma desconexão das vaidades e das futilidades.

Os cortejos fúnebres são repletos de homenagens a quem está partindo, celebrações com música e comida.

Sem dúvida, existe a tristeza e a saudade, mas outros sentimentos despontam.

Essa forma diferente de encarar a morte é vista também no Dia de los muertos mexicano, talvez a festa mais famosa dessa cultura. Um dia para lembrar com saudade e alegria todos que partiram.

Em muitas comunidades na África, o funeral é uma cerimônia tão importante quanto um casamento.

Entende-se que, quando alguém morre, a coletividade sente o luto. Então, divide a tristeza com a família do morto.

Pelo continente africano, encontramos velórios que atraem centenas e até milhares de pessoas em cerimônias, que chegam a durar uma semana.

Familiares, vizinhos e até estranhos se juntam à celebração.

Não há um convite oficial. Ao receberem a notícia da morte, os que moram perto aparecem para prestar apoio à família, trazer doações e ajudar os enlutados com a enorme lista de afazeres dos funerais.

Com esses exemplos, o que será que poderíamos fazer para começar a mudar um pouco as nossas tradições, por vezes, ainda tão sombrias e solitárias?

Se já entendemos que ninguém morre de verdade, que estamos passando por um momento de transição, o final de um ciclo e início de outro, devemos ser os primeiros a alterar nossa maneira de agir.

Será que, por vezes, não estamos mais voltados à tristeza dos que ficam do que à nova realidade dos que partem?

Para quem são os velórios e os funerais?

Homenagens são tão belas. Deixar que as pessoas falem, lembrem, abram seus corações.

Deixar que o Espírito que está ali, em processo de desencarnação, receba todo esse carinho num momento tão importante.

Poderá ainda estar fragilizado, o que é natural. Ou talvez desorientado, precisando de consolo e entendimento.

Eis a nossa chance de amar até os últimos instantes aquele cujo ciclo se findou.

Lembremos: finaliza-se um capítulo, uma história, um nome, um rosto. A alma segue igual, carregando tudo que viveu conosco.

Os funerais devem se tornar uma celebração da vida. A vida que deixa o corpo que o Espírito habitara temporariamente, e retorna ao verdadeiro lar para seguir adiante...

Apenas para seguir adiante.


Fonte:  
http://momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=7053&stat=0 
Redação do Momento Espírita
Em 13.3.2024.


Carpe Diem (Aproveite o dia)

Carpe Diem é uma frase em latim de um poema de Horácio, e é popularmente traduzida para “colha o dia” ou “aproveite o momento”. É também utilizada como uma expressão para solicitar que se evite gastar o tempo com coisas inúteis ou como uma justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro.

Vindo da decadência do império Romano o termo Carpe diem era dito para retratar o “cada um por si”, devido ao império estar se desfazendo, naquele momento a visão de que cada dia poderia ser realmente o último era retratado pela frase que hoje é utilizada como uma coisa boa, porém sua origem vem do desespero da destruição de um grande império antigo.

No filme “A Sociedade dos Poetas Mortos”, o personagem de Robin Williams, Professor Keating, utiliza-a assim:

“Mas se você escutar bem de perto, você pode ouvi-los sussurrar o seu legado. Vá em frente, abaixe-se. Escute, está ouvindo? – Carpe – ouve? – Carpe, carpe diem, colham o dia garotos, tornem extraordinárias as suas vidas.”

O poema relacionado à ideia de Carpe Diem, de autoria de Walt Whitman, utilizado como mote no filme:

Aproveita o dia
(Walt Whitman)

Aproveita o dia,
Não deixes que termine sem teres crescido um pouco.
Sem teres sido feliz, sem teres alimentado teus sonhos.
Não te deixes vencer pelo desalento.
Não permitas que alguém te negue o direito de expressar-te, que é quase um dever.
Não abandones tua ânsia de fazer de tua vida algo extraordinário.
Não deixes de crer que as palavras e as poesias sim podem mudar o mundo.
Porque passe o que passar, nossa essência continuará intacta.
Somos seres humanos cheios de paixão.
A vida é deserto e oásis.
Nos derruba, nos lastima, nos ensina, nos converte em protagonistas de nossa própria história.
Ainda que o vento sopre contra, a poderosa obra continua, tu podes trocar uma estrofe.
Não deixes nunca de sonhar, porque só nos sonhos pode ser livre o homem.
Não caias no pior dos erros: o silêncio.
A maioria vive num silêncio espantoso. Não te resignes, e nem fujas.
Valorize a beleza das coisas simples, se pode fazer poesia bela, sobre as pequenas coisas.
Não atraiçoes tuas crenças.
Todos necessitamos de aceitação, mas não podemos remar contra nós mesmos.
Isso transforma a vida em um inferno.
Desfruta o pânico que provoca ter a vida toda a diante.
Procures vivê-la intensamente sem mediocridades.
Pensa que em ti está o futuro, e encara a tarefa com orgulho e sem medo.
Aprendes com quem pode ensinar-te as experiências daqueles que nos precederam.
Não permitas que a vida se passe sem teres vivido…

                                      *      *      *

Walter Whitman
(1819 – 1892) foi um jornalista, ensaísta e poeta americano considerado o “pai do verso livre” e o grande poeta da revolução americana.

Fonte: https://www.folhavitoria.com.br/economia/blogs/gestaoeresultados/2019/07/28/carpe-diem-o-momento-e-agora-aproveite-o-dia/








quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

VOU TE CONTAR AS COISAS QUE PERCEBI RECENTEMENTE

Que a esquina da minha casa está duas vezes mais longe do que antes...

E há também uma pequena subida que não tinha reparado antes...

Que os degraus da escada agora são bem mais altos...

Que não adianta pedir para as pessoas falarem mais claro, porque agora todo mundo fala tão baixinho que quase nada se entende.

Que as roupas que quero comprar agora são tão apertadas, principalmente na cintura e nos quadris, o que acho muito desagradável.

Que as pessoas mudaram, agora são muito mais jovens do que quando eu era, e por outro lado, as pessoas da minha idade são muito mais velhas do que eu...!!!! Tanto que outro dia reencontrei uma velha conhecida, ela envelheceu tanto... que nem me reconheceu!

Também parei de correr atrás do ônibus, porque percebi que agora ele anda muito mais rápido do que antes!!!

Refleti sobre tudo isso esta manhã, enquanto me arrumava enfrente do espelho...

A propósito, você notou que os espelhos não são mais tão nítidos e claros como eram há alguns anos?

É melhor perder tempo com amigos, do que perder amigos com o tempo.

Por esse motivo, perco tempo com você, pois não quero te perder com o tempo.

                                                                            (Desconheço a autoria)

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

O Zelador da Fonte

Em determinado povoado havia um pacato habitante da floresta que foi contratado pelo conselho municipal para cuidar das piscinas que guarneciam a fonte de água da comunidade.

O cavalheiro com silenciosa regularidade inspecionava as colinas, retirava folhas e galhos secos, retirava tudo o que poderia contaminar ou atrapalhar o fluxo da corrente de água fresca.

Aos poucos, o povoado começou a atrair turistas. Cisnes graciosos passaram a nadar pela água cristalina. As plantações eram naturalmente irrigadas, e a paisagem vista dos restaurantes era de uma beleza extraordinária.

Os anos foram passando, e certo dia em uma reunião do conselho da cidade, um dos membros resolveu questionar a necessidade de um zelador para a fonte. De imediato, alertou aos demais e fez um longo discurso a respeito de como aquele homem estava sendo pago há anos, pela cidade. E para quê? O que é que ele fazia, afinal? Era um estranho guarda da reserva florestal, sem utilidade alguma.

Seu discurso a todos convenceu. O conselho municipal dispensou o trabalho do zelador.

Nas semanas seguintes, nada mudou, mas no outono as árvores começaram a perder as folhas. Pequenos galhos caíam nas piscinas formadas pelas nascentes.

Certa tarde, alguém notou uma coloração meio amarelada na fonte. Dois dias depois, a água estava escura. Mais uma semana e uma película de lodo cobria toda a superfície ao longo das margens. Os cisnes emigraram para outras bandas. Os turistas abandonaram o local, e a enfermidade chegou ao povoado.

O conselho municipal então, em sessão extraordinária e imediatamente recontratou o zelador da fonte.

Algumas semanas depois, as águas do rio da vida começaram a clarear, os cisnes voltaram e a vida foi retomando seu curso.

                                                *            *            *

Assim como o Conselho da pequena cidade, somos muitos de nós que não consideramos determinados servidores.
Aqueles que se desdobram, todos os dias, para que o pão chegue à nossa mesa, o mercado tenha as prateleiras abarrotadas; os corredores do hospital e da escola se mantenham limpos.
Há quem limpe as ruas, recolha o lixo, dirija o ônibus, abra os portões da empresa.
Servidores anônimos. Quase sempre passamos por eles sem vê-los.
Mas, sem seu trabalho, o nosso não poderia ser realizado ou a vida seria inviável.
O mundo é uma gigantesca empresa, onde cada um tem uma tarefa específica, mas indispensável.
Se alguém não executar o seu papel, o todo perecerá.
Dependemos uns dos outros. Para viver, para trabalhar, para ser felizes!
Pensemos nisso!


Redação do Momento Espírita, com base no capitulo  O zelador da fonte, de Charles R. Swindoll, do livro Histórias para o coração, de Alice Gray, ed. United Press - em 24.01.24

sábado, 13 de janeiro de 2024

Cecilia Payne


 “Desde a sua morte em 1979, a mulher que descobriu do que é feito o universo nem sequer recebeu uma placa memorial.” Seus obituários nos jornais não mencionam sua maior descoberta. Todo estudante do ensino médio sabe que Isaac Newton descobriu a gravidade, que Charles Darwin descobriu a evolução e que Albert Einstein descobriu a relatividade do tempo. Mas quando se trata da composição do nosso universo, os livros dizem simplesmente que o átomo mais abundante no universo é o hidrogénio. E ninguém questiona como sabemos.”


Jeremy Knowles, discutindo a total falta de reconhecimento que Cecilia Payne recebe por sua descoberta revolucionária. (via aliteração)
A mãe de Cecilia Payne recusou-se a gastar dinheiro com educação universitária, então ela recebeu uma bolsa de estudos para Cambridge.
Cecilia Payne terminou seus estudos, mas Cambridge não lhe deu um diploma porque ela era mulher, então ela disse para o inferno e se mudou para os Estados Unidos para trabalhar em Harvard.
Cecilia Payne foi a primeira pessoa a obter um doutorado. em astronomia pelo Radcliffe College, com o que Otto Strauve chamou de “o mais brilhante Ph.D. tese já escrita em astronomia.
Cecilia Payne não apenas descobriu do que o universo era feito, ela também descobriu do que o sol era feito (Henry Norris Russell, um colega astrônomo, geralmente é creditado por descobrir que a composição do sol é diferente da da Terra, mas ele chegou a suas conclusões quatro anos depois de Payne – depois de dizer a ela para não publicar).
Cecilia Payne é a razão pela qual sabemos alguma coisa sobre estrelas variáveis ​​(estrelas cujo brilho, visto da Terra, flutua). Literalmente, todos os outros estudos de estrelas variáveis ​​são baseados em seu trabalho.
Cecilia Payne foi a primeira mulher a ser promovida a professora titular em Harvard e é frequentemente creditada por quebrar o teto de vidro para as mulheres no departamento de ciências de Harvard e na astronomia, bem como por inspirar gerações de mulheres a seguirem a ciência.

Fonte: https://www.facebook.com/photo?fbid=382775017663489&set=a.174538365153823 - em 09.01.2024