sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

O Zelador da Fonte

Em determinado povoado havia um pacato habitante da floresta que foi contratado pelo conselho municipal para cuidar das piscinas que guarneciam a fonte de água da comunidade.

O cavalheiro com silenciosa regularidade inspecionava as colinas, retirava folhas e galhos secos, retirava tudo o que poderia contaminar ou atrapalhar o fluxo da corrente de água fresca.

Aos poucos, o povoado começou a atrair turistas. Cisnes graciosos passaram a nadar pela água cristalina. As plantações eram naturalmente irrigadas, e a paisagem vista dos restaurantes era de uma beleza extraordinária.

Os anos foram passando, e certo dia em uma reunião do conselho da cidade, um dos membros resolveu questionar a necessidade de um zelador para a fonte. De imediato, alertou aos demais e fez um longo discurso a respeito de como aquele homem estava sendo pago há anos, pela cidade. E para quê? O que é que ele fazia, afinal? Era um estranho guarda da reserva florestal, sem utilidade alguma.

Seu discurso a todos convenceu. O conselho municipal dispensou o trabalho do zelador.

Nas semanas seguintes, nada mudou, mas no outono as árvores começaram a perder as folhas. Pequenos galhos caíam nas piscinas formadas pelas nascentes.

Certa tarde, alguém notou uma coloração meio amarelada na fonte. Dois dias depois, a água estava escura. Mais uma semana e uma película de lodo cobria toda a superfície ao longo das margens. Os cisnes emigraram para outras bandas. Os turistas abandonaram o local, e a enfermidade chegou ao povoado.

O conselho municipal então, em sessão extraordinária e imediatamente recontratou o zelador da fonte.

Algumas semanas depois, as águas do rio da vida começaram a clarear, os cisnes voltaram e a vida foi retomando seu curso.

                                                *            *            *

Assim como o Conselho da pequena cidade, somos muitos de nós que não consideramos determinados servidores.
Aqueles que se desdobram, todos os dias, para que o pão chegue à nossa mesa, o mercado tenha as prateleiras abarrotadas; os corredores do hospital e da escola se mantenham limpos.
Há quem limpe as ruas, recolha o lixo, dirija o ônibus, abra os portões da empresa.
Servidores anônimos. Quase sempre passamos por eles sem vê-los.
Mas, sem seu trabalho, o nosso não poderia ser realizado ou a vida seria inviável.
O mundo é uma gigantesca empresa, onde cada um tem uma tarefa específica, mas indispensável.
Se alguém não executar o seu papel, o todo perecerá.
Dependemos uns dos outros. Para viver, para trabalhar, para ser felizes!
Pensemos nisso!


Redação do Momento Espírita, com base no capitulo  O zelador da fonte, de Charles R. Swindoll, do livro Histórias para o coração, de Alice Gray, ed. United Press - em 24.01.24

sábado, 13 de janeiro de 2024

Cecilia Payne


 “Desde a sua morte em 1979, a mulher que descobriu do que é feito o universo nem sequer recebeu uma placa memorial.” Seus obituários nos jornais não mencionam sua maior descoberta. Todo estudante do ensino médio sabe que Isaac Newton descobriu a gravidade, que Charles Darwin descobriu a evolução e que Albert Einstein descobriu a relatividade do tempo. Mas quando se trata da composição do nosso universo, os livros dizem simplesmente que o átomo mais abundante no universo é o hidrogénio. E ninguém questiona como sabemos.”


Jeremy Knowles, discutindo a total falta de reconhecimento que Cecilia Payne recebe por sua descoberta revolucionária. (via aliteração)
A mãe de Cecilia Payne recusou-se a gastar dinheiro com educação universitária, então ela recebeu uma bolsa de estudos para Cambridge.
Cecilia Payne terminou seus estudos, mas Cambridge não lhe deu um diploma porque ela era mulher, então ela disse para o inferno e se mudou para os Estados Unidos para trabalhar em Harvard.
Cecilia Payne foi a primeira pessoa a obter um doutorado. em astronomia pelo Radcliffe College, com o que Otto Strauve chamou de “o mais brilhante Ph.D. tese já escrita em astronomia.
Cecilia Payne não apenas descobriu do que o universo era feito, ela também descobriu do que o sol era feito (Henry Norris Russell, um colega astrônomo, geralmente é creditado por descobrir que a composição do sol é diferente da da Terra, mas ele chegou a suas conclusões quatro anos depois de Payne – depois de dizer a ela para não publicar).
Cecilia Payne é a razão pela qual sabemos alguma coisa sobre estrelas variáveis ​​(estrelas cujo brilho, visto da Terra, flutua). Literalmente, todos os outros estudos de estrelas variáveis ​​são baseados em seu trabalho.
Cecilia Payne foi a primeira mulher a ser promovida a professora titular em Harvard e é frequentemente creditada por quebrar o teto de vidro para as mulheres no departamento de ciências de Harvard e na astronomia, bem como por inspirar gerações de mulheres a seguirem a ciência.

Fonte: https://www.facebook.com/photo?fbid=382775017663489&set=a.174538365153823 - em 09.01.2024