domingo, 31 de dezembro de 2017
sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
Mete o saca rolha!
Outro dia estava com meu amigo Omar, num restaurante e vimos um vinho daqueles bons e caros. O garçom logo perguntou se queríamos aquela safra para acompanhar o pedido e o meu amigo, sem pensar duas vezes, disse “Mete o saca rolha”.
Depois de dar boas risadas com aquela expressão, ele me contou que aquela frase servia pra vida. Que tempos atrás tinha perdido um grande amigo que tinha uma grande adega com vinhos caríssimos, e deixava os vinhos lá, sem abrir. Certo dia, morreu num acidente, e a esposa do cara acabou se casando com um outro, mais jovem, que consumiu toda a adega em tempo recorde. Depois disso, ele começou a perceber quantas vezes na vida desperdiçava oportunidades, deixando pra depois. Sendo que o depois pode nem existir. Eu fiquei refletindo sobre isso e hoje quero te perguntar: quantas oportunidades você desperdiça, se preparando, sem entrar em campo? Quantas roupas deixou de usar esperando a ocasião especial? Quantas atitudes deixou de tomar, acreditando que sempre existiria ‘a semana que vem’, adiando seus sonhos?
Por isso, a dica é ‘mete o saca rolha’. Abra a garrafa de sonhos, tome as atitudes que precisa tomar, pare de procrastinar achando que a vida é eterna e que vai ter todo o tempo do mundo pra tentar, cair, errar e seguir em frente.
“Mete o saca rolha” pode ser uma filosofia de vida. Pra ele, que diz que nunca viu carro forte seguindo carro funerário, é uma frase inspiradora.
Não deixe os bons vinhos pra amanhã. Não espere pra agir se a hora é agora e não desperdice seu tempo acreditando que amanhã dá pra fazer diferente. O que a gente tem é hoje. Então, mete o saca rolha e segue em frente!!!!
Desconheço a autoria.
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
Casa de Vó
Mãe, posso dormir na casa da vó hoje?
Escutei dentro do ônibus hoje de manhã.
Quando consegui me virar para ver a criança que me fez voltar ao passado apenas com uma
frase, ela já não estava mais ao alcance dos meus olhos. Viajei longe.
Quando foi que o tempo passou e nos fez adultos cheio de prioridades
chatas?
Lutamos todos os dias por alguma coisa que não sabemos se é o que
realmente queremos, quando na verdade, casa de vó é o que todo mundo precisaria
pra ser feliz.
Casa de vó é onde os ponteiros do relógio tiram férias junto com a gente
e passam os minutos sem pressa de chegada.
Casa de vó é onde uma simples macarronada e um pão caseiro ganham
sabores diferentes, deliciosos.
Casa de vó é onde uma inocente tarde pode durar uma eternidade de
brincadeiras e fantasias.
Casa de vó é onde os armários escondem roupas antigas e ferramentas
misteriosas.
Casa de vó é onde as caixas fechadas se tornam baús de tesouros secretos,
prontos para serem desvendados.
Casa de vó é onde os brinquedos raramente surgem prontos, são todos
inventados na hora.
Casa de vó tudo é misteriosamente possível de acontecer. Mágico. Sem
preocupações.
Casa de vó é onde a gente encontra os restos da infância dos nossos pais
e o início de nossas vidas.
Casa de vó, só mesmo lá dentro, no endereço do nosso afeto mais
profundo, tudo é permitido.
Esse luxo não pode me pertencer mais - infelizmente - viverá comigo
apenas nas mais bonitas recordações.
Mesmo assim se eu pudesse fazer um pedido agora, qualquer pedido, de
todos os pedidos do mundo eu iria pedir a mesma coisa.
Posso dormir na casa da vó hoje?
(Desconheço a autoria)
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
O Segredo da Vida
O Cortella*, costumava dizer aos filhos quando crianças:
- Quando completarem 12 anos contarei o segredo da vida a vocês.
Quando o mais velho completou 12 anos, acordou o pai todo ansioso para
saber o segredo da vida. O pai disse, contarei, mas, você não poderá revelar
aos seus irmãos.
Eis o segredo:
- Vaca não dá leite.
-Hã?
- Vaca não dá leite. Você tem de tirar.
Você precisa acordar 4:00 h da
manhã, ir ao pasto, entrar no curral cheio de fezes, amarrar rabo e pernas da
vaca, sentar no banquinho e fazer o movimento certo!
Esse é o segredo da vida. Vaca, búfala, cabra, não dão leite. Ou você tira ou não tem leite.
Existe uma geração que acha que vaca dá leite, ela acha que as coisas
são automáticas.
Eu quero, eu peço, eu ganho.
Eu quero, eu peço, eu ganho.
A felicidade resulta do esforço. A ausência de esforço gera frustração.
(*) Mário Sérgio Cortella - Filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro.
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
O que é a baunilha?
Qualquer
orquídea do gênero Vanilla é uma baunilha – mas a parte utilizada para dar
sabor e aroma aos alimentos são os grãos da vagem da planta. Esses frutos
verdes não têm cheiro nem gosto – é preciso, primeiro, deixá-los secar numa
estufa ou ao sol. Durante a secagem, ocorre um processo de fermentação natural:
a ação de enzimas faz com que os frutos fiquem pretos e com seu perfume concentrado.
Para retirar o extrato de baunilha, esmaga-se a vagem seca, que depois é
submergida em álcool. Natural da América Central, a baunilha se espalhou por
ambientes úmidos de todo o continente. No Brasil, várias espécies crescem no
litoral e em regiões de Mata Atlântica. Uma das mais usadas para a produção de
extrato é a Vanilla planifolia. “Mas a baunilha que compramos no mercado tem
aroma artificial.
É obtida
em laboratório a partir de álcool coniferílico, uma substância presente na
madeira dos pinheiros”, afirma a bióloga Maria do Carmo Estanislau do Amaral,
da Unicamp. Os dois tipos de baunilha são parecidos, mas não iguais. “A natural
é mais cara, mas tem aroma muito mais suave”, diz Maria do Carmo.
Fonte: https://mundoestranho.abril.com.br/ambiente/o-que-e-a-baunilha ( acesso em 16.11.17 - 09:58h )
domingo, 24 de setembro de 2017
quinta-feira, 14 de setembro de 2017
Lobos Internos
Um velho avô disse ao neto, que veio a ele com raiva de um amigo que lhe havia
feito uma injustiça:
- Deixe-me contar uma história. Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio por
aqueles que aprontraram tanto comigo, sem qualquer arrependimento.Todavia, o ódio corrói você, mas não fere seu inimigo. É o mesmo que tomar veneno, desejando que seu inimigo morra. Lutei muitas vezes contra estes sentimentos.
O avô continuou:
- É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um
deles é bom e não magoa. Ele vive em harmonia com todos ao seu redor e não se
ofende quando não se teve intenção de ofender. Ele só lutará quando for certo
fazer isto, e da maneira correta. Mas o outro lobo, ah! este é cheio de raiva.
Mesmo
as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira! Ele briga com todos, o tempo
todo, sem qualquer motivo.Ele não pode pensar, porque sua raiva e seu ódio são
muito grandes. É uma raiva inútil, pois ela não irá mudar coisa alguma.
E concluiu:
- Algumas vezes é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois
ambos tentam dominar meu espírito.
O garoto olhou intensamente nos olhos do avô e perguntou:
- Qual deles vence, vovô?
O avô sorriu e respondeu baixinho:
- Aquele que eu alimento mais!
E você?
Qual dos lobos tem alimentado mais? É preciso mudar?
Então mãos à obra!
(Desconheço a autoria)
A História do Ernani
Certa vez, trabalhei em uma pequena empresa de Engenharia. Foi lá que fiquei
conhecendo um rapaz chamado Mauro. Ele era grandalhão e gostava de fazer
brincadeiras com os outros, sempre pregando pequenas peças. Havia também o
Ernani, que era um pouco mais velho que o resto do grupo. Sempre quieto,
inofensivo, à parte, Ernani costumava comer o seu lanche sozinho, num canto da
sala. Ele não participava das brincadeiras que fazíamos após o almoço, sendo
que, ao terminar a refeição, sempre sentava sozinho debaixo de uma árvore mais
distante.
Devido a esse seu comportamento, Ernani era o alvo natural das brincadeiras e
piadas do grupo. Ora ele encontrava um sapo na marmita, ora um rato morto em
seu chapéu. E o que achávamos mais incrível é que ele sempre aceitava aquilo
sem ficar bravo.
Em um feriado prolongado, Mauro resolveu ir pescar no Pantanal. Antes,
nos prometeu que, se conseguisse sucesso, iria dar um pouco do resultado da
pesca para cada um de nós. No seu retorno, ficamos todos muito animados quando
vimos que ele havia pescado alguns dourados enormes. Mauro, entretanto,
levou-nos para um canto e nos disse que tinha preparado uma boa peça para
aplicar no Ernani. Mauro dividira os dourados, fazendo pacotes com uma boa
porção para cada um de nós. Mas, a 'peça' programada era que ele havia separado
os restos dos peixes num pacote maior, à parte.
- Vai ser muito engraçado quando o Ernani desembrulhar esse 'presente' e
encontrar espinhas, peles e vísceras!, - disse-nos Mauro, que já estava
se divertindo com aquilo.
Mauro então distribuiu os pacotes no horário do almoço.
Cada um de nós, que ia abrindo o seu pacote contendo uma bela
porção de peixe, então dizia:
- Obrigado!
Mas o maior pacote de todos, ele deixou por último.
Era para o Ernani.
Todos nós já estávamos quase explodindo de vontade de rir, sendo
que Mauro exibia um ar especial, de grande satisfação. Como sempre, Ernani
estava sentado sozinho, no lado mais afastado da grande mesa. Mauro então levou
o pacote para perto dele, e todos ficamos na expectativa do que estava para
acontecer. Ernani não era o tipo de muitas palavras. Ele falava tão pouco que,
muitas vezes, nem se percebia que ele estava por perto. Em três anos, ele
provavelmente não tinha dito nem cem palavras ao todo. Por isso, o que
aconteceu a seguir nos pegou de surpresa.
Ele pegou o pacote firmemente nas mãos e o levantou devagar, com um
grande sorriso no rosto.
Foi então que notamos que seus olhos estavam brilhando.
Por alguns momentos, o seu pomo de Adão se moveu para cima e para
baixo, até ele conseguir controlar sua emoção.
- Eu sabia que você não ia se esquecer de mim - disse com a voz
embargada. Eu sabia, você é grandalhão e gosta de fazer brincadeiras, mas
sempre soube que você tem um bom coração .
Ele engoliu em seco novamente, e continuou falando, dessa vez para
todos nós.
- Eu sei que não tenho sido muito participativo com vocês, mas nunca foi por
má intenção. Sabem... Eu tenho cinco filhos em casa, e uma esposa inválida, que
há quatro anos está presa na cama. E estou ciente de que ela nunca mais vai
melhorar. Às vezes, quando ela passa mal, eu tenho que ficar a noite inteira
acordado, cuidando dela. E a maior parte do meu salário tem sido para os seus
médicos e os remédios. As crianças fazem o que podem para ajudar, mas tem sido
difícil colocar comida para todos na mesa. Vocês talvez achem esquisito que eu
vá comer o meu almoço sozinho, num canto... Bem, é que eu fico meio
envergonhado, porque na maioria das vezes eu não tenho nada para pôr no meu
sanduíche. Ou, como hoje, eu tinha somente uma batata na minha marmita. Mas eu quero
que saibam que essa porção de peixe representa, realmente, muito para mim.
Provavelmente muito mais do que para qualquer um de vocês, porque hoje à noite
os meus filhos ...
Ele limpou as lágrimas dos olhos com as costas das mãos.
- Hoje à noite os meus filhos vão ter, realmente, depois de alguns
anos... e ele começou a abrir o pacote...
Nós tínhamos estado prestando tanta atenção no Ernani, enquanto ele falava, que
nem havíamos notado a reação do Mauro. Mas agora, todos percebemos a sua
aflição quando ele saltou e tentou pegar o pacote das mãos do Ernani. Mas era
tarde demais. Ernani já tinha aberto e pacote e estava, agora, examinando cada
pedaço de espinha, cada porção de pele e de vísceras, levantando cada rabo de
peixe. Era para ter sido tão engraçado, mas ninguém riu. Todos nós ficamos
olhando para baixo. E a pior parte foi quando Ernani, tentando sorrir, falou a
mesma coisa que todos nós havíamos dito anteriormente:
- Obrigado!
Em silêncio, um a um, cada um dos colegas pegou o seu pacote e o colocou na
frente do Ernani, porque depois de muitos anos nós havíamos, de repente,
entendido quem era realmente o Ernani.
Uma semana depois, a esposa de Ernani faleceu.
Cada um de nós, daquele grupo, passou então a ajudar as cinco
crianças.
Graças ao grande espírito de luta que elas possuíam, todas
progrediram muito:
Carlinhos, o mais novo, tornou-se um importante médico. Fernanda,
Paula e Luisa montaram o seu próprio e bem-sucedido negócio: elas produzem e
vendem doces e salgados para padarias e supermercados. O mais velho, Ernani
Júnior, formou-se em Engenharia; sendo que, hoje, é o Diretor Geral da mesma
empresa em que eu, Ernani e os nossos colegas trabalhávamos.
Mauro, hoje aposentado, continua fazendo brincadeiras; entretanto, são de um
tipo muito diferente: ele organizou nove grupos de voluntários que distribuem
brinquedos para crianças hospitalizadas e as entretêm com jogos, histórias
e outros divertimentos.
Às vezes, convivemos por muitos anos com uma pessoa, para só então percebermos
que mal a conhecemos. Nunca lhe demos a devida atenção; não demonstramos
qualquer interesse pelas coisas dela; ignoramos suas ansiedades ou seus
problemas.
(Desconheço a autoria)
Você sabe o que é uma Eminência Parda?
Uma éminence grise (francês para
"eminência parda") é um poderoso assessor ou conselheiro que atua
"nos bastidores" ou na qualidade não-pública ou não-oficial.
Esta frase referia-se originalmente a François Leclerc du
Tremblay,, o "braço direito" do cardeal Richilieu. Leclerc era um
frade capuchinho que ficou famoso por seus trajes bege (a cor bege foi
denominada "parda" na época). O título de “Sua Eminência” é usado para tratar ou referenciar um cardeal
da Igreja Católica Romana. Embora
Leclerc nunca alcançasse o posto de cardeal, aqueles ao seu redor se dirigiam a
ele como tal, em deferência à influência considerável deste frade
"pardo" sobre Sua Eminência, o Cardeal.
Em política, eminência parda é o nome
que se dá quando determinado sujeito não é o governante supremo de tal reino ou
país mas é o verdadeiro poderoso, agindo muitas vezes por trás do soberano
legítimo (a.k.a poder por trás do trono), o qual é uma marionete dele, e pode muito bem ser deposto pela eminência parda caso este não o
agrade. A eminência parda ainda pode utilizar qualquer tipo de influência para
exercer o seu poder, seja ela militar, econômica, religiosa e/ou política.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia
livre – acessado em 29.04.2017
EU TIVE QUE ACEITAR
Silvia Schmidt
Eu tive que aceitar que o meu corpo nunca fora imortal, que ele envelheceria e que um dia se acabaria.
Eu tive que aceitar que eu viera ao mundo para fazer algo por ele, para tentar dar-lhe o melhor de mim, deixar rastros positivos da minha passagem e, em dado momento, partir.
Eu tive que aceitar que meus pais não durariam para sempre e que meus filhos, pouco a pouco, escolheriam seus caminhos e prosseguiriam sua caminhada sem mim.
Eu tive que aceitar que eles não eram meus como eu supunha, e que a liberdade de ir e vir era um direito deles também.
Eu tive que aceitar que todos os meus bens me foram confiados por empréstimo, que não me pertenciam e que eram tão fugazes como fugaz era a minha própria existência na Terra.
Eu tive que aceitar que eu iria e que os bens ficariam para uso de outras pessoas, quando eu já não estivesse por aqui.
Eu tive que aceitar que varrer minha calçada todos os dias não me dava nenhuma garantia de que ela era propriedade minha e que varrê-la, com tanta constância, era apenas um fútil alimento que eu dava à minha ilusão de posse.
Eu tive que aceitar que o quê eu chamava de "minha casa' era só um teto temporário que, dia mais, dia menos, seria o abrigo terreno de uma outra família.
Eu tive que aceitar que o meu apego às coisas só apressaria ainda mais a minha despedida e a minha partida.
Eu tive que aceitar que meus animais de estimação, minhas plantas, a árvore que eu plantara, minhas flores e minhas aves eram mortais. Eles não me pertenciam! Foi difícil, mas eu tive que aceitar.
Eu tive que aceitar as minhas fragilidades, os meus limites, a minha condição de ser mortal, de ser atingível, de ser perecível. Eu tive que aceitar para não perecer!
Eu tive que aceitar que a Vida continuaria, com ou sem mim, e que o mundo, em pouco tempo, me esqueceria.
Eu me rendi e aceitei que eu tinha que aceitar. Aceitei para deixar de sofrer, para lançar fora o meu orgulho, a minha prepotência, e para voltar à simplicidade da Natureza, que trata a todos da mesma maneira e sem favoritismos.
Humildemente agora lhe confesso que precisei fazer cessar uma guerra dentro de mim.
Eu tive que me desarmar e abrir meus braços para receber e aceitar a minha tão sonhada Paz!
terça-feira, 12 de setembro de 2017
Os filhos e o mundo
Hoje tomei meu café com lágrimas e na minha boca amargava as saudades que sinto da minha mãe. Fiquei pensando em quantas vezes, desde que me tornei mãe, já escutei a frase “não pause sua vida pelos filhos pois eles um dia crescem” ou alguma variação dela, repetida, ainda que não intencionalmente, como uma forma disfarçada de escrutinizar e menosprezar a dedicação materna. Se cria filho pro mundo, todo mundo diz. As asas, as benditas asas. Eu sei, você sabe.
Não pausar a vida. Ideia curiosa essa já que ser mãe é viver eternamente de pausas. Por 9 meses (ou mais) a gente pausa o vinho. Por aproximadamente 40 dias (mas provavelmente bem mais) a gente pausa a vida sexual. Por muitas e muitas noites a gente pausa o sono. A gente pausa a reunião de trabalho, a ligação importante, a promoção. A gente pausa a poupança porque juntar dinheiro fica difícil. A gente pausa as refeições e os banhos. A gente pausa os planos de viagens, as saídas com as amigas, as idas ao cabeleireiro. A gente pausa o coração na preocupação e a gente pausa a própria vida pra respirar a deles.
Criar para o mundo. O que isso seria? Suponho que minha mãe me criou “para o mundo,” sempre me dando asas. Saí de casa aos 14 anos e aos 18 saí do país. Fui conquistar esse mundão para o qual ela me criou. Mas a verdade é que eu nunca deixei de ser dela. Um pedaço dela. Um produto dela. Tão dela que mesmo com mais de 30 anos, eu ainda preciso que ela pause a vida dela por mim. E ela pausa. Passa 2, 3 meses aqui, vivendo minha vida. Ela pausa com a generosidade de quem é acostumada a pausar e doar e amar e amar e amar.
Então eu penso, enquanto tomo meu café com lágrimas e amargo as saudades que sinto da minha mãe, que filhos não são do mundo. Nossos filhos são nossos! Eles vieram da gente e voltam pra gente de novo e de novo. Mesmo estando longe, eles são nossos. Nossos pedaços. Nossos produtos. Os produtos de todas as nossas pausas. Porque é na pausa que fortalecemos o vínculo, é na pausa que construímos as memórias. É no pausar da vida, nesse incessante viver pelo outro, em meio as dores e sacrifícios que, como mulheres, muitas vezes nos vemos plenas; e mais do que isso, nos vemos mães.
segunda-feira, 4 de setembro de 2017
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
Você conhece o Raul?
Max
Gehringer*
Durante minha
vida profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso
surpreende muita gente.
Figuras sem um vistoso currículo acadêmico, sem
um grande diferencial
técnico,
sem muito networking ou marketing pessoal.
Figuras
como o Raul.
Eu conheço o
Raul desde os tempos da faculdade. Na época, nós tínhamos
um colega
de classe, o Pena, que era um gênio. Na hora de fazer um trabalho
em grupo, todos
nós queríamos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia
tudo sozinho. Ele escolhia o tema,
pesquisava os livros, redigia muito bem e
ainda desenhava
a capa do trabalho - com tinta nanquim. Já o Raul nem dava
palpite. Ficava ali num
canto, dizendo que seu papel no grupo era um só,
apoiar o Pena. Qualquer coisa que o
Pena precisasse, o Raul já estava
providenciando,
antes que o Pena concluísse a frase.
Deu
no que deu.
O Pena
se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o resto de nós passou
meio na carona do Pena - que, além de
nos dar uma colher de chá nos
trabalhos, ainda permitia que
a gente colasse dele nas provas. No dia da
formatura,
o diretor da escola chamou o Pena de "paradigma do estudante que
enobrece esta instituição de
ensino". E o Raul ali, na terceira fila, só
aplaudindo.
Dez anos depois, o Pena era a estrela
da área de planejamento de uma
multinacional. Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções
estratégicas
de cinco e dez anos.
E
quem era o chefe do Pena? O Raul.
E
como é que o Raul tinha conseguido chegar àquela posição? Ninguém na
empresa sabia explicar direito.
O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores
do que ele, e
ninguém ali parecia discordar de tal afirmação. Além disso, o
Raul
continuava a fazer o que fazia
na escola, ele apoiava. Alguém tinha um
problema?
Era só falar com o Raul que o Raul dava um jeito.
Meu último contato com o
Raul foi há um ano. Ele havia sido transferido
para
Miami, onde fica a sede da empresa.
Quando conversou comigo, o Raul disse que
havia ficado surpreso com
o convite.
Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha sido astronauta.
E eu perguntei
ao Raul qual era a função dele. Pergunta inócua, porque eu
já sabia a resposta.
O Raul apoiava. Direcionava daqui, facilitava dali,
essas coisas que, na
teoria, ninguém precisaria mandar um brasileiro até
Miami
para fazer.
Foi quando, num evento em São Paulo, eu
conheci o vice-presidente de
recursos humanos da
empresa do Raul. E ele me contou que o Raul tinha
uma habilidade
de valor inestimável:... ele entendia de gente.
Entendia tanto que não se preocupava em ficar à
sombra dos próprios
subordinados para fazer com que
eles se sentissem melhor, e fossem
mais produtivos.
E, para me
explicar o Raul, o vice-presidente citou Samuel Butler, que eu
não
sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima:
"Qualquer
tolo pode pintar um quadro, mas só um gênio consegue vendê-lo".
Essa era
a habilidade aparentemente simples que o Raul tinha, de facilitar
as relações entre as pessoas. Perto do
Raul, todo comprador normal se
sentia
um expert, e todo pintor comum, um gênio. Era a principal competência
dele.
dele.
* Max Geringer, é administrador de empresas, escritor, palestrante e autor de
diversas publicações sobre gestão de carreiras e empresarial..
Problemas no Inferno
Certa vez, perguntei a um mestre
indiano:
Por que existem pessoas que saem
facilmente dos problemas mais complicados, enquanto outras sofrem por problemas
muito pequenos e, assim, morrem afogadas num copo de água?
Ele simplesmente sorriu e me
contou uma história:
Era uma vez um sujeito que viveu
amorosamente toda a sua vida.
Quando morreu, todo mundo falou
que ele iria para o céu, um homem tão bondoso quanto ele somente poderia ir
para o Paraíso.
Ir para o céu não era tão
importante para aquele homem, mas mesmo assim ele foi até lá.
Naquela época, o céu não havia
ainda passado por um programa de qualidade total.
A recepção não funcionava muito
bem.
A moça que o recebeu deu uma
olhada rápida nas fichas em cima do balcão e, como não viu o nome dele na
lista, orientou o homem para ir ao Inferno.
E no Inferno, você sabe como é.
Ninguém exige crachá nem convite, qualquer um que chega é convidado a entrar.
O sujeito entrou lá e foi
ficando.
Alguns dias depois, Lúcifer
chegou furioso às portas do Paraíso para tomar satisfações com São Pedro:
- Você é um canalha. Nunca
imaginei que fosse capaz de uma baixaria como essa. Isso que você está fazendo
é puro terrorismo!
Sem saber o motivo de tanta
raiva, São Pedro perguntou, surpreso, do que se tratava. Lúcifer, transtornado,
desabafou:
- Você mandou aquele sujeito para
o Inferno e ele está fazendo a maior bagunça lá. Ele chegou escutando as
pessoas, olhando-as nos olhos, conversando com elas. Agora, está todo mundo
dialogando, se abraçando, se beijando.
- O inferno está insuportável,
parece o Paraíso!
E fez um apelo:
- Pedro, por favor, pegue aquele
sujeito e traga-o para cá!
Quando o mestre terminou de
contar esta história olhou-me carinhosamente e disse:
- Viva com tanto amor no coração
que se, por engano, você for parar no Inferno o próprio demônio lhe trará de
volta ao Paraíso.
Problemas fazem parte da nossa
vida, porém não deixe que eles o transformem numa pessoa amargurada.
As crises vão estar sempre se
sucedendo e às vezes você não terá escolha.
Sua vida está sensacional e de
repente você pode descobrir que sua mãe está doente; que a política econômica
do governo mudou; e que infinitas possibilidades de encrencas aparecem.
As crises você não pode escolher,
mas pode escolher a maneira como enfrentá-las.
E, no final, quando os problemas
forem resolvidos, mais do que sentir orgulho por ter encontrado as soluções,
você terá orgulho de si mesmo.
(Desconheço a autoria)
domingo, 13 de agosto de 2017
quinta-feira, 10 de agosto de 2017
A LIÇÃO DO CACHORRO
Sendo
um veterinário, fui chamado para examinar um cão de 13 anos de idade chamado Belker
. A família esperava por um milagre.
Examinei
Belker e descobri que ele estava
morrendo de câncer e que eu não poderia fazer nada.
Belker
foi cercado pela família. O menino, Pedro, parecia tão calmo, acariciando o cão
pela última vez, e eu me perguntava se ele entendia o que estava acontecendo.
Em poucos minutos, Belker caiu pacificamente dormindo para nunca mais acordar.
O
garotinho parecia aceitar sem dificuldade. Ouvi a mãe se perguntando,
- Por
que a vida dos cães é mais curta do que a dos seres humanos?
Pedro
disse: "Eu sei por quê."
A
explicação do menino mudou minha maneira de ver a vida.
Ele
disse:
- A gente vem ao mundo para aprender a viver
uma boa vida, como amar aos outros o tempo todo e ser boa pessoa, né?
Como
os cães já nascem sabendo fazer tudo isso, eles não têm que viver por tanto
tempo como nós. Entendeu?
O
moral da história é:
Se
um cão fosse seu professor, você aprenderia coisas como:
• Quando teus entes queridos chegarem em casa,
sempre corra para
cumprimentá-los.
• Nunca deixe passar uma oportunidade de ir
passear.
• Permita que a experiência do ar fresco e do
vento no seu rosto seja de puro
êxtase!
• Tire
cochilos.
• -se
antes de se levantar.
• Corra,
salte e brinque diariamente.
• Melhore
a sua atenção e deixe as pessoas te tocarem.
• Evite
"morder" quando apenas um "rosnado" seria suficiente.
• Em
um clima muito quente, beba muita água e deite-se na sombra de uma
árvore frondosa.
• Quando
você estiver feliz, dance movendo todo o seu corpo.
• Delicie-se
com a simples alegria de uma longa caminhada.
• Seja
fiel.
• Nunca
pretenda ser algo que não é.
• Se
o que você quer, está "enterrado" cave até encontrar.
• E
nunca se esqueça:
" Quando alguém tiver num mal dia, fique
em silêncio, sente-se próximo e suavemente faça-o sentir que você está
ali..."
(Desconheço a autoria)
(Desconheço a autoria)
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
O que é viver bem?
Um repórter perguntou a Cora Coralina (poetisa que viveu até 95 anos):
– O que é viver bem?
Ela lhe disse:
“Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo pra você: não pense. Nunca diga estou envelhecendo ou estou ficando velha. Eu não digo. Eu não digo que estou ouvindo pouco. É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.
Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida.
O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia.
Também não diga prá você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais
Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima.
Eu não digo nunca que estou cansada. Nada de palavra negativa. Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os outros.
Então silêncio!
Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não.
Você acha que eu sou? Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.
O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.
Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.
Digo o que penso, com esperança.
Penso no que faço, com fé.
Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor,pois
BONDADE TAMBÉM SE APRENDE.”
– O que é viver bem?
Ela lhe disse:
“Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo pra você: não pense. Nunca diga estou envelhecendo ou estou ficando velha. Eu não digo. Eu não digo que estou ouvindo pouco. É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.
Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida.
O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia.
Também não diga prá você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais
Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima.
Eu não digo nunca que estou cansada. Nada de palavra negativa. Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os outros.
Então silêncio!
Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não.
Você acha que eu sou? Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.
O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.
Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.
Digo o que penso, com esperança.
Penso no que faço, com fé.
Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor,pois
BONDADE TAMBÉM SE APRENDE.”
Profissões com nomes estranhos
Chanfrador - É aquele que
chanfra, ou seja, corta o couro, em ângulo ou esguelha (viés), para a
fabricação de bolsas, cintos e sapatos.
Colometrista - É aquele que
prepara a tinta para pintar veículos batidos. Para que a cor fique idêntica à
original, este profissional costuma realizar uma série de testes.
Duteiro - É o
profissional que fabrica e monta dutos de ar-condicionado.
Espeleólogo - É quem estuda
e trabalha com cavernas.
Extrusor de sopro - Fazem a
regulagem de uma máquina conhecida como sopradora, produzindo embalagens
descartáveis para remédios, alimentos e cosméticos.
Faccionista - É quem
modela, corta e costura roupas para pronta-entrega.
Faquista - É o
encarregado de fabricar facas para serem usadas em gráficas no corte dos
envelopes.
Herpetólogo - profissional
que estuda répteis e anfíbios.
Ficóloga - É o
profissional que estuda as algas.
Guaribador - Responsável pela manutenção de carros novos e usados. Nas concessionárias
e agências de venda de automóveis, é o encarregado da limpeza e polimento dos
automóveis.
Gemolólogo - É o
profissional que atua na análise de gemas ou pedras preciosas, como o diamante,
a turquesa, o rubi, a esmeralda.
Ictiólogo - Profissional especialista no estudo dos
peixes.
Madrilador - É quem trabalha com uma máquina especializada em serviços de precisão,
como furos e roscas.
Mirmecologista - É
aquele que estuda as
formigas.
Micologista - É o profissional que estuda os fungos.
Migueiro/Trigueiro - São os profissionais que soldam estruturas pesadas com arame ou vareta,
respectivamente, comumente empregados pela indústria naval. Assim como os
instrumentos de soldagem são diferentes, o gás utilizado na realização do
trabalho pode ser o gás carbônico ou argônio.
Ornitóloga - É o profissional que estuda as aves.
Papiloscopista - É o profissional especializado em trabalhar
com a identificação humana, geralmente através das cristas de fricção da pele
(impressões digitais). Usualmente, essa identificação é feita com base nos
desenhos papilares presentes nos dedos (dactiloscopia)e das palmas das mãos
(quiroscopia), bem como dos artelhos e plantas dos pés (podoscopia).
Piloteiro - Mais conhecido
como prático, é o profissional que conhece minuciosamente os acidentes
hidrográficos de áreas restritas, e que com esses conhecimentos conduz
embarcação através dessas áreas
Podólogo - Especialista em tratamento e terapia dos pés.
Tricologista - Especialista em tratamento de pelos ou cabelos.
Fonte: https://oglobo.globo.com/economia/emprego/pequeno-dicionario-de-profissoes-com-nomes-estranhos-7945723
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